Veja o que é #FATO ou #FAKE na sabatina de Ricardo Nunes para O GLOBO, Valor, Extra e CBN


Candidato do MDB abriu a série de entrevistas com os postulantes à prefeitura de São Paulo. Buscando a reeleição, Ricardo Nunes foi o primeiro candidato à prefeitura de São Paulo sabatinado
Edilson Dantas/O Globo
O prefeito Ricardo Nunes (MDB) abriu nesta segunda-feira a série de sabatinas com os candidatos à prefeitura de São Paulo realizada pelos jornais O GLOBO, Valor e Extra e pela rádio CBN. Na quarta-feira, será a vez de José Luiz Datena (PSDB) e, na quinta, a de Tabata Amaral (PSB). Já na próxima semana, no dia 23, segunda-feira, é Pablo Marçal (PRTB) quem será entrevistado, seguido de Guilherme Boulos (PSOL) no dia 24.
As entrevistas com os candidatos no Rio têm transmissão ao vivo pela rádio e nos sites e redes sociais dos três veículos. Elas têm início às 10h30 (horário de Brasília), com duração aproximada de uma hora. A cobertura, no site e na edição impressa do GLOBO, contará com reportagens e análises sobre cada sabatina.
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A ordem das sabatinas foi definida por sorteio, mas as datas precisaram sofrer ajustes por conta da agenda de debates. Foram chamados os cinco candidatos mais bem colocados na última pesquisa eleitoral de São Paulo divulgada pelo instituto Datafolha.
As sabatinas representam uma oportunidade para que os candidatos detalhem propostas para a cidade, e também para que sejam questionados sobre diferentes aspectos de suas atuações políticas. Os entrevistadores dos candidatos de São Paulo serão as colunistas Vera Magalhães e Malu Gaspar, do GLOBO e da CBN, os âncoras da rádio Débora Freitas e Fernando Andrade, e a colunista Maria Cristina Fernandes, do Valor e da CBN.
A equipe do Fato ou Fake checou as principais declarações de Ricardo Nunes. Leia:
“Eu respondi à altura tendo em vista uma acusação inverídica, ele (Guilherme Boulos) sabe que não é verdade. Esse negócio de fraldas, eles já enviaram denúncia para o Ministério Público. O Ministério Público vai, olha e arquiva porque não tem nada de indício. Foi o que ele fez com as fraldas geriátricas. É a terceira vez que o MP avalia essa questão de fraldas e fala que não tem nada de errado.”
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A declaração é #FATO. Veja por quê: Ainda em março de 2024, Guilherme Boulos acusou a peça de pré-campanha à prefeitura de São Paulo, administrada por Ricardo Nunes (MDB), de corrupção na compra de fraldas geriátricas e apontou que o caso estaria sendo investigado pelo Ministério Público.
A fala foi motivada por um relatório do Tribunal de Contas do Município de SP (TCM-SP) que questionou a diferença de preços. Após o relatório, houve mudança dos valores da compra, sem prejuízo aos cofres públicos e, por isso, o MP decidiu arquivar o caso. “Não há elementos mínimos de provas de ilegalidade ou irregularidade envolvendo agentes públicos”, disse o procurador Saad Mazloum na decisão pelo arquivamento, em 12 de novembro de 2023.
Em nota, a equipe de Boulos chegou a reconhecer que houve uma “imprecisão” no vídeo ao dizer que o caso “está sendo investigado”, e não que “foi investigado”.
“Eu tenho 100% de vagas para crianças na creche aqui em São Paulo, eu tenho vaga para todas as crianças, isso faz uma diferença enorme.”
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A declaração é #FATO. Veja por quê: Segundo os dados da Secretaria Municipal de Educação de julho de 2024, existem 1.131 crianças esperando há menos de 30 dias por uma vaga em qualquer creche da cidade, além de outras 2.502 que aguardam uma vaga em uma unidade de ensino específica.
Procurada, a prefeitura explicou que os 2.502 alunos “têm vaga garantida pela rede, inclusive, já oferecida às famílias, que optaram por esperar disponibilidade em alguma creche de preferência”. Em relação às 1.131 crianças que ainda aguardam, a gestão informou que “o prazo de até 30 dias é o período de organização da rede para recebimento do aluno”.
“Daquilo que é proveniente da cidade de São Paulo, eu dou até R$ 3.200 de abatimento no IPVA, um incentivo grande. O carro elétrico está liberado de rodízio.”
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A declaração é #FATO. Veja por quê: De acordo com a publicação no Diário Oficial do município, em 08 de junho de 2021, o projeto de lei 0054/2021 foi sancionado pelo prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, como forma de incentivo ao uso de veículos elétricos na cidade. Com isso, compradores de veículos elétricos e híbridos podem descontar os créditos de IPVA no pagamento do IPTU ou receber o valor na conta-corrente do proprietário do veículo. O limite do valor a ser devolvido corresponde a 103 Unidade Fiscais do Estado de São Paulo​, ou seja, atualmente, cerca de R$ 3.292,00.
A medida alterou a lei nº 15.997, de 27 de maio de 2014, e adicionou a possibilidade de utilização dos créditos gerados em favor dos proprietários de veículos elétricos ou movidos a hidrogênio para o pagamento do IPTU e outras providências.
Já a decisão sobre a isenção de veículos motorizados elétricos e de combustíveis híbridos no Rodízio Municipal de Veículos de São Paulo foi assinada por Fernando Haddad, em 14 de setembro de 2015.
“Não é possível você falar um negócio desse para mim de que [empresas de ônibus] têm contrato com PCC, de que foi preso, que o Lincoln [Lincoln Gakiya, promotor do Ministério Público] que falou… O Ministério Público não está falando isso até porque isso não é verdade. Quem fez contratos com essas empresas foi o PT lá na gestão da Marta. Quem fez o contrato foi o PT. Quem foi renovando os contratos foram as gestões anteriores. Eu não assinei contrato com ninguém.”
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#NÃOÉBEMASSIM. Veja por quê: O candidato foi questionado sobre a manutenção dos contratos com as empresas de ônibus Transwolff e UPBus — com operação na Zona Sul e Leste da capital — que são investigadas, sim, pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP) por suspeita de ligação com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).
Ao contrário do que o prefeito afirma, o promotor de Justiça Lincoln Gakiya, responsável pelas investigações, ao Fantástico, disse que a Prefeitura de São Paulo e a SPTrans foram omissas e negligentes ao assinarem contratos de concessão de ônibus com empresas investigadas por ligação com o PCC.
Durante quase cinco anos de investigação, os promotores do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) reuniram indícios de que as empresas eram usadas pela facção para lavar dinheiro do tráfico de drogas e de outros crimes. Após a deflagração da Operação Fim da Linha, em abril, pelo menos 29 dirigentes da Transwolff e da UPBus já se tornaram réus por lavagem de dinheiro, organização criminosa, extorsão e apropriação indébita.
Segundo a denúncia do Grupo de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), a Transwolff e a UPBus receberam mais de R$ 5,3 bilhões da prefeitura desde 2015, ano da assinatura dos primeiros contratos de concessão com a SPTrans, durante a gestão de Fernando Haddad (PT). Esses contratos também foram renovados em 2019 pela gestão do então prefeito Bruno Covas (PSDB), cujo vice era Ricardo Nunes.
“Eu saí de 48% e passei para 54% de área de cobertura vegetal. Olha o avanço. Hoje eu tenho 118 parques. Inaugurei seis e vou inaugurar mais quatro. A gente está ampliando as áreas de mata.”
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A declaração é #FATO. Veja por quê: Em 2020, a cidade de São Paulo contava com 48,18% de cobertura vegetal — que é a área coberta por vegetação, como parques, áreas verdes, florestas urbanas e jardins. O número chegou a 54,13% em 2023. Os dados foram divulgados no site da prefeitura.
Segundo a lista divulgada pela Secretaria do Verde e do Meio Ambiente no site, também há 114 parques espalhados pela capital.
Além disso, o relatório de monitoramento de programa de metas aponta que foram implementados oito novos parques abertos à população em São Paulo, durante a gestão Bruno Covas e Ricardo Nunes.
Procurada, a Prefeitura de São Paulo afirmou que a atual gestão inaugurou nove parques até o momento: Alto da Boa Vista, Paraisópolis, Augusta, Princesa Isabel, Linear Aristocrata, Linear Água Podre – Ypuera, Linear Sarah, Linear Jardim São Francisco e Linear Córrego Itaquera.
“Primeiro que eu fiz o concurso, isso é importante dizer. Eu fiz o concurso para GCM, coloquei 2000 GCMs. Fiz o concurso do Samu, coloquei 862 agentes do Samu do concurso.”
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#NÃOÉBEMASSIM. Veja por quê: Em abril de 2022, a Prefeitura de São Paulo abriu mil vagas para o concurso público de guarda civil metropolitano. Os aprovados no processo passaram a fazer parte da guarda metropolitana em julho de 2023. Já outros mil agentes foram convocados até julho de 2024, somando dois mil GCMs contratados na gestão de Ricardo Nunes. No total, o efetivo atual da capital é de 7.351 profissionais.
Em junho deste ano, a prefeitura anunciou a contratação de 896 agentes para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). No entanto, o concurso que aprovou os novos profissionais foi feito em 2017, época em que João Doria era prefeito da cidade.
Participaram desta checagem: Adriana David, Daniel Biasetto, Filipe Vidon, Giovanna Durães, Klauson Dutra, Letícia Dauer, Lucas Guimarães, Mel Trindade e Thamila Soares.
Fato ou Fake explica:
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