
G1 visitou centro de controle da Força Aérea Brasileira (FAB), em Brasília, e conversou com profissionais. No Brasil, 4,4 mil militares e 145 civis são responsáveis pelo trabalho. Centro de Controle de Área (ACC Brasília) da Força Aérea Brasileira (FAB).
Brenda Ortiz/g1
O áudio do controle de tráfego aéreo durante a colisão entre um avião e um helicóptero em Washington D.C., capital dos Estados Unidos, na quarta-feira (29), chamou atenção para o trabalho realizado pelos controladores de voo.
“Raciocínio rápido, atenção difusa e bom planejamento” estão entre os requisitos da profissão, diz o tenente-coronel Edvaldo Natal Tonetti, chefe do Centro Operacional Integrado (COI) do Primeiro Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA I), em Brasília.
No Brasil, a Força Aérea Brasileira (FAB) cuida do tráfego aéreo com 4.486 militares e 145 civis. O g1 visitou o Centro de Controle de Área em Brasília (ACC-BS ), que é responsável por 1/3 do tráfego aéreo do país (saiba mais abaixo).
Como é a rotina no controle da área central do país
Sargento fala do trabalho no Controle de Tráfego Aéreo em Brasília.
A sargento Gabriela Maicá Rodrigues, de 32 anos, é uma das mulheres que atuam no controle de tráfego aéreo. Ela diz que o trabalho é desafiador e que a aviação é apaixonante (veja vídeo acima).
O ACC Brasília controla entre 1.850 a 2.100 aeronaves todos os dias, o que equivale a cerca de 33,3% do tráfego aéreo nacional. O centro opera em todo o Distrito Federal e parte de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Minas Gerais, Bahia e São Paulo.
O centro possui três turnos de trabalho, sendo que cada um dura entre 7h30 e 9h. Devido a necessidade de atenção extrema, os controladores descansam por 30min a cada 2h de trabalho;
Cada turno conta com cerca de 40 profissionais;
A quantidade de aviões que um controlador monitora depende do setor e sua complexidade, mas o número pode chegar até 14 aeronaves ao mesmo tempo.
Bom planejamento
Atenção difusa (prestar atenção em mais de uma coisa, ao mesmo tempo)
Conhecimento das normas
Raciocínio rápido
História da profissão
Tentente-coronel fala da importância dos controladores de voo.
De acordo com o tenente-coronel Edvaldo Natal Tonetti, chefe do Centro Operacional Integrado (COI) do Primeiro Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA I), os controladores são “extremamente” importantes para a segurança das viagens nacionais e internacionais (veja vídeo acima).
Os primeiros cursos de formação para controladores de voo no Brasil datam do início dos anos 1940, quando foram baixadas instruções sobre a formação de sargentos especialistas da Aeronáutica.
“Em 1942 foi criada a Escola de Especialistas de Aeronáutica (EEAR). Em 1943, o presidente da República, Getúlio Vargas, aprovou o termo firmado pelo ministro da Aeronáutica, Joaquim Pedro Salgado Filho, para organização e manutenção de uma escola técnica de aviação em São Paulo”, explica a FAB.
A Escola Técnica de Aviação (EVAv) começou a operar em 1943 para complementar a formação dos especialistas.
Curso de Formação de Sargento – Especialista em Controle de Tráfego Aéreo (CFS-BCT) na EEAR;
Curso de Controlador de Trafego Aéreo (ATM-005) no Instituto de Controle do Espaço Aéreo.
Ter entre 17 e 24 anos
Ser brasileiro(a)
Não estar respondendo por crimes
O controlador de voo, se militar, ingressa na profissão como Terceiro-Sargento da Força Aérea Brasileira (FAB)
O salário inicial é em torno de R$ 4 mil
As inscrições para o curso de sargento da FAB estão abertas: acesse aqui
Mulheres na aviação
Sargento da FAB faz controle de tráfego aéreo, em Brasília.
Brenda Ortiz/g1
Atualmente, mais de 50% do quadro de controladores é composto por mulheres. A sargento Gabriela Maicá Rodrigues incentiva as meninas que sonham em seguir a profissão.
“Estude, vale a pena estudar, vale a pena seguir a carreira. Nós somos muito reconhecidas aqui dentro. Nós temos muito apoio e é muito gratificante essa área”, diz Gabriela.
LEIA TAMBÉM:
MULHERES NA AVIAÇÃO: ‘Escutei que ia demorar para casar’; desencorajadas a voar, mulheres são apenas 3,2% na aviação brasileira
HISTÓRICO: Saiba quem é a primeira mulher a assumir o comando de uma unidade da Força Aérea Brasileira
Leia mais notícias sobre a região no g1 DF.