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Segundo equipes da Prefeitura de Piúma, no Sul do Espírito Santo, e do Instituto Orca, animal era um macho jovem e estava sem ferimentos. Elefante-marinho aparece na Ilha do Meio em Piúma, no Sul do Espírito Santo
Um elefante-marinho foi visto na Ilha do Meio, em Piúma, no Sul do Espírito Santo, na manhã de quinta-feira (13). A prefeitura do município disse que o animal foi flagrado por um salva vidas que estava na Praia do Gambá, que fica próxima a ilha, por volta das 11h.
Segundo a Secretária de Meio Ambiente da cidade, Carina Prado, o elefante-marinho foi monitorado por equipes da prefeitura e do Instituto Orca, e foi embora da ilha no fim da tarde do mesmo dia.
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De acordo com o biólogo e diretor-executivo do instituto, Lupércio Barbosa, o animal era um macho jovem, com no máximo três anos e que não apresentava ferimentos aparentes.
Em vídeos que circulam nas redes sociais (veja no início da reportagem) é possível ver o elefante-marinho deitado em uma pedra da ilha, descansando. Em outros momentos, ele abre a boca e ruge.
Elefante-marinho apareceu na Ilha do Meio, em Piúma, Sul do Espírito Santo
Reprodução/TV Gazeta
A secretaria apontou ainda que não foi necessário isolar o local, já que o animal ”escolheu” repousar em uma ilha afastada e com pouca presença humana.
Passagem rápida
O biólogo explicou que a espécie, que pode chegar até quatro toneladas, costuma fazer pequenas visitas para descansar durante a viagem pelo mar.
“É comum a ocorrência dessa espécie no litoral brasileiro. As colônias principais delas são na região sul da Antártida, onde estão as baleias-jubarte, as baleias-franco. Essas migrações são comuns e, às vezes, eles podem ser encontrados até no litoral da Bahia. Eles fazem essa parada porque é um hábito desses animais. A vida deles é no mar e eles vem dormir na praia, geralmente em cima de um costão rochoso”, comentou.
Elefante-marinho que apareceu em Piúma, Espírito Santo, foi monitorado pelo Instituto Orca e equipes da Prefeitura da cidade
Reprodução/TV Gazeta
Barbosa também destacou que a espécie não possui hábitos migratórios que nem as baleias, que passam pelo país para se reproduzir todos os anos de junho a novembro.
“Eles tem uma migração que é considerada errática, fora dos padrões, não é um ciclo que se repete. São animais que não costumam viver isoladamente, mas acabam aparecendo sozinhos e algumas das hipóteses é que eles podem se afastar em busca de alimento, se perdem e vão ficando cada vez mais longe das colônias. Ou então, os jovens que são mais ”atirados” disputam o território com outros machos e podem tentar buscar outras colônias, aparecendo por aqui. Não é anormal, mas não faz parte do processo migratório dele”, pontuou.
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Pit-stop em costão rochoso de Piúma
Depois de um “pit-stop” de aproximadamente 5 horas no litoral capixaba, o animal seguiu viagem, mas o biólogo apontou que as equipes vão continuar o monitoramento, já que o elefante-marinho ainda pode aparecer em outra praia do litoral capixaba.
“Eles geralmente não ficam muito tempo na praia. Acabam se incomodando com a presença humana, com cachorros principalmente. Só ficam mais tempo se estiverem muito debilitados, feridos e apenas nessas situações a gente intervêm. Se não, a gente monitora de longe. Como a gente não sabe se ele está descendo ou subindo o litoral, vamos monitorar de forma visual e ficar atentos a possíveis relatos da presença dele no estado”, disse.
Mesmo com a estadia rápida, o biólogo reforçou que em caso de aparecimento de animais como esse nas praias, a recomendação é sempre a mesma: se manter afastado.
Elefante-marinho fez uma parada de algumas horas em ilha de Piúma, no Sul do Espírito Santo
Reprodução/TV Gazeta
Fred, elefante-marinho ganhou apelido e carinho dos capixabas
Um outro elefante-marinho ficou famoso por visitar várias vezes o estado entre os anos de 2014 e 2015. O animal gostou tanto do estado que foi até carinhosamente apelidado de Fred.
Na época, Fred foi monitorado pelo Instituto Orca e apareceu com vários ferimentos. O animal fez paradas em uma praia particular próximo ao Farol Santa Luzia, em Vila Velha, e na Praia da Costa, na mesma cidade.
Elefante-marinho que apareceu várias vezes em Vila Velha, no Espírito Santo, entre 2014 e 2015, foi apelidado de Fred
Reprodução/TV Gazeta
O animal tinha 3,5 metros e pesava mais de 400 quilos. Como o elefante-marinho apareceu pela primeira vez na época da Copa, Fred ganhou esse apelido em homenagem ao jogador brasileiro que se destacou na Copa do Mundo por ficar “parado” em campo.
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