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Mulher identificou o furo no teto por conta de uma goteira em meio ao temporal que atingiu a Baixada Santista (SP). Em seguida, ela encontrou o projétil perto da cabeceira da cama da filha, de dois anos. Furo ‘enorme’ descrito por moradora (à dir.) e projétil encontrado no quarto da criança em Guarujá (à esq.)
Arquivo pessoal
Uma mulher encontrou um projétil de arma de fogo e um furo no teto do quarto da filha, de apenas dois anos, em Guarujá, no litoral de São Paulo. Ao g1, ela disse não saber a origem do objeto. “Fiquei muito assustada”, desabafou a moradora, que passou a temer pela segurança da família.
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A mulher, que preferiu não se identificar, mora em uma casa no bairro Pae Cará junto com a filha e a mãe. Segundo ela, o caso começou quando a parente estava sozinha no imóvel e escutou um ‘barulho misterioso’, que inicialmente não foi atribuído a um possível tiro.
“A minha mãe estava em casa de tarde, tomou banho e escutou um barulho, mas ela achou que fosse o vizinho porque o vizinho estava cortando a grama dele”, disse a moradora.
O caso ocorreu na última terça-feira (18), quando a Baixada Santista foi atingida por fortes chuvas. Em meio ao temporal, a mulher notou uma goteira causada por um “furo enorme” no teto do quarto da filha. Em seguida, ela encontrou o projétil no chão, próximo à cabeceira da cama da menina.
“Deduzi que, provavelmente, tenha sido de tiros para o alto que [as pessoas] dão e pode ser que caia quilômetros depois, não tem o destino certo. Foi cair bem no meu quarto, o quarto da minha filha de dois anos. Eu fiquei preocupada, porque poderia ter atingido a gente”, relatou.
Mulher encontrou projétil perto da cama da filha de dois anos
Arquivo pessoal
Questionada sobre a segurança da vizinhança, a moradora disse se tratar de uma área ‘tranquila’. Apesar de nunca ter vivido algo parecido, ela relatou o barulho de fogos de artifício e também “algo parecido com tiros” nos bairros próximos.
“Na hora que achei o projétil, fiquei muito assustada e pensei logo na minha filha e no que poderia ter acontecido”, desabafou. “Teve contato direto com o teto, o que provavelmente amenizou o impacto do projétil e não gerou danos dentro do quarto”.
A moradora disse que as luzes laterais instaladas na sala queimaram no mesmo período. Ela acredita que o projétil tenha entrado em contato com as fiações elétricas e, com isso, causado o dano.
O que fazer?
Ao g1, a mulher explicou que não havia procurado as autoridades para reportar o caso até a manhã de quarta-feira (19). Ela pretende, porém, levar o projétil até a delegacia para a formalização do registro.
A Polícia Civil esclareceu, em nota enviada pela Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP), que após o encontro de um projétil é necessário realizar o registro do boletim de ocorrência. Com isso, a perícia pode ser requisitada.
“Após a formalização do caso, a Superintendência da Polícia Técnico-Científica (SPTC) é acionada e um perito comparece ao local para a coleta do objeto e perícia no local”, explicou a pasta.
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