
Ao menos quatro denúncias foram feitas nesta madrugada. Três dos casos foram em Minas Gerais; veja imagens e relatos dos foliões e da PM. Foliões passam mal após PM usar spray de pimenta em bloco de carnaval em Juiz de Fora 01-03-2025
Reprodução/Redes Sociais
A noite de sábado de Carnaval 2025 (1º) teve ao menos quatro relatos de violência policial em meio às festas. Três dos casos ocorreram em Minas Gerais. Veja abaixo imagens e o que dizem os foliões e a Polícia Militar.
Professora trans ferida em Porto Alegre
Em Porto Alegre, na noite de sábado (1º), uma professora trans relatou ter sido agredida por policiais militares sem provocação ou justificativa. Segundo a professora, ela estava em um bloco de Carnaval, quando foi abordada e agredida fisicamente por policiais sem qualquer aviso ou diálogo.
Ela afirmou que não houve resistência ou discussão antes das agressões e que a ação foi completamente injustificada. “Eu fiquei uns 4, 5 minutos apanhando, levando soco, levando chute, sem ter feito absolutamente nada. Eu tava gravando, e eles só se incomodaram com a minha presença”, contou à RBS TV a professora Luan Gonçalves da Cunha.
Vídeos do incidente mostram uma troca de agressões entre os foliões e os policiais. De acordo com os foliões, a ação policial foi desproporcional e injustificada, e muitos deles relataram ter sido agredidos sem motivo aparente. Os foliões alegam que estavam apenas festejando e que não houve qualquer comportamento agressivo de sua parte antes da intervenção policial.
A Polícia Militar, por outro lado, declarou que a professora estava envolvida em uma situação de desordem e que a ação dos policiais foi uma resposta à resistência por parte dela e de outros foliões. A PM afirmou que os participantes estavam se recusando a dispersar a área, o que levou à necessidade de intervenção. Saiba mais.
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Foliões passam mal após PM usar spray de pimenta em Juiz de Fora (MG)
Em Juiz de Fora (MG) foliões passaram mal após serem atingidos com spray de pimenta por policiais militares durante um bloco de Carnaval na Praça Antônio Carlos. Vídeos que circulam nas redes sociais mostram pessoas caídas no chão, recebendo ajuda de outros participantes do bloco Benemérita.
A MC Xuxu, artista trans e uma das organizadoras do bloco, foi detida junto com um homem trans, de 31 anos, também organizador. Ambos foram liberados na madrugada do dia 2 de março.
A Prefeitura de Juiz de Fora criticou a ação policial, classificando-a como “violência desproporcional” e afirmando que muitas pessoas procuraram serviços de saúde devido ao uso do gás de pimenta.
A Polícia Militar afirmou que agiu diante da agressividade do grupo e que o uso de spray de pimenta foi necessário para conter o tumulto. Saiba mais.
Foliões passam mal após PM jogar spray de pimenta durante carnaval em Juiz de Fora
Indígenas denunciam agressão após festa em Brumadinho (MG)
Em Brumadinho, Minas Gerais, cinco pessoas foram presas após uma confusão entre policiais militares e indígenas de aldeias locais em uma festa de Carnaval. As vítimas, das aldeias Pataxó Naô Xohã Arakuã e Katurãna, alegam que foram agredidas pela polícia sem qualquer motivo aparente e que a ação dos policiais foi extremamente violenta. Segundo os relatos, os foliões estavam se divertindo quando foram surpreendidos pela ação policial, que resultou em prisões e ferimentos.
A Polícia Militar diz que as prisões foram realizadas para conter um grupo que estava causando desordem e colocando em risco a segurança dos demais foliões. Eles afirmaram que as cinco pessoas presas estavam agindo de forma agressiva e que a intervenção foi necessária para garantir a segurança pública. Saiba mais.
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Mulher atingida no rosto por bala de borracha em no Triângulo Mineiro
Em Capinópolis, no Triângulo Mineiro, uma mulher foi atingida no rosto por uma bala de borracha após shows de carnaval no sábado (1º). A vítima relatou que foi surpreendida pela ação policial e não sabe qual foi o motivo. Segundo ela, a bala foi disparada enquanto ela estava afastada de uma confusão.
A Polícia Militar alegou que a intervenção foi necessária para dispersar um grupo que estava se formando e que representava uma ameaça à ordem pública. Eles afirmaram que a utilização da bala de borracha seguiu os protocolos estabelecidos para a dispersão de multidões, e que a mulher foi atingida acidentalmente. Saiba mais.
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