Número de cidades com voos suspensos ou alterados pela Azul chega a 16; veja lista


Companhia cita questões operacionais entre fatores para a decisão. Duas cidades passarão a operar apenas em alta temporada. Aeronave A321M Azul Linhas Aéreas
Azul Linhas Aéreas/Divulgação
O número de cidades que deixarão de receber voos da Azul Linhas Aéreas ou que terão alguma alteração chegou a 16, segundo informações enviadas por meio de nota a pedido do g1.
Em janeiro, a companhia havia confirmado que suspenderia operações em 12 municípios por conta dos custos operacionais. No entanto, de Jaguaruna (SC) e Três Lagoas (MS) também serão impactadas.
Além dessas, outras duas passarão a receber voos apenas em meses de alta temporada, de acordo com a companhia (veja abaixo).
✈️ Confira a lista atualizada, em ordem alfabética, de cidades com suspensão dos voos da Azul:
Barreirinhas (MA)
Campos (RJ)
Correia Pinto (SC)
Crateús (CE)
Jaguaruna (SC)
Iguatu (CE)
Mossoró (RN)
Parnaíba (PI)
Ponta Grossa (PR)
Rio Verde (GO)
São Benedito (CE)
São Raimundo Nonato (PI)
Sobral (CE)
Três Lagoas (MS)
As suspensões nas cidades cearenses já estão valendo. Em Ponta Grossa, a mudança começa a valer no dia 31 de março. Nas demais cidades, a companhia deixa de operar a partir do dia 10.
Apenas em alta temporada
Outra mudança é que, inicialmente, a Azul informou que Cabo Frio (RJ) deixaria de receber voos. Agora, a informação é de que os voos continuarão operando em meses de alta temporada, assim como em Caldas Novas (GO).
Custos operacionais
A empresa destaca no texto que “reavalia constantemente as operações em suas bases, assim como as possibilidades e necessidades de mercado, como parte de um processo normal de ajuste de oferta à demanda”.
Diz também que as mudanças acontecem devido a uma série de fatores, “como o aumento de custos operacionais causados pela crise global na cadeia de suprimentos, a alta do dólar e disponibilidade de frota” e que “as mudanças fazem parte do planejamento operacional”.
A Azul ressalta que clientes impactados estão sendo comunicados previamente e receberão a assistência necessária, conforme prevê a resolução 400 da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
Rotas suspensas: CEO da Azul cita corte de custos, dólar alto e falta mundial de peças
Corte de custos, falta mundial de peças e dólar alto
Em entrevista ao g1, o CEO da Azul, John Rodgerson, garantiu que a suspensão de voos não tem relação com o acordo para fusão com a Gol, mas sim com fatores como corte de custos, opção por rotas mais lucrativas, falta mundial de peças e motores e alta do dólar.
“Não vou continuar voando onde estou perdendo dinheiro. Então, como qualquer empresário, você aloca seus recursos da melhor forma possível”, enfatizou.
O CEO pontuou que, apesar da suspensão de rotas, a Azul permanece expandindo o mercado. “Antes da pandemia, a Azul operava em 110 cidades do Brasil. Hoje estamos em 160, e vamos para 150 com esses fechamentos, mas estamos servindo muito mais cidades que servíamos antes”, diz.
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Ao longo de 2024, e especialmente no final do ano, a Azul conviveu com cancelamentos de voos. O CEO da companhia afirmou que, em sua maioria, são causados por fatores externos, como mau tempo ou problemas em aeroportos, e também pela necessidade de manutenção nas aeronaves, programadas ou não.
“A Azul nos últimos anos tem sido uma empresa aérea mais pontual do mundo. Mas sim, ano passado tivemos vários cancelamentos. Teve por conta de Porto Alegre (fechamento do aeroporto após as enchentes no Rio Grande do Sul), as queimadas em São Paulo. O Santos Dumont (no Rio), fechou na semana passada”, explicou.
“Claro que tivemos episódios, de precisar de manutenção e cancelar. Por segurança. Nosso primeiro valor, a gente não vai decolar em uma aeronave que não está 100% segura”, defendeu.
Novos voos
Em relação às novas rotas internacionais, recentemente, a Azul anunciou o início das operações de novos voos saindo de Viracopos para Bariloche, Mendoza e Assunção.
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