Suspeito de ataque a carro-forte já havia sido preso há 9 meses por guardar ‘arsenal de guerra’, diz delegado


Homem foi encontrado pela polícia após buscar atendimento médico com ferimento aparentemente causado por munição de fuzil. Crime na segunda teve explosões, trocas de tiros e feridos. Suspeito de participar de assalto a carro-forte é levado a Franca
O homem preso na quarta-feira (11) por suspeita de participar do ataque a carro-forte na Rodovia Candido Portinari (SP-334) na noite da última segunda (9) já havia sido detido há cerca de nove meses por guardar em casa armamentos “de guerra”. A informação foi passada pelo delegado Gabriel Fernando Tomaz da Silva, um dos responsáveis pelas investigações.
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O suspeito foi encontrado após ser internado com um ferimento no pé, em Valinhos (SP), na terça (10).
Um médico acionou a Polícia Militar por verificar que o ferimento foi causado, aparentemente, por munição de fuzil. Nesta quarta, ele foi encaminhado à cadeia de Franca (SP), onde deve prestar depoimento à polícia nos próximos dias.
Segundo o delegado, em dezembro de 2023, o homem já tinha sido preso depois que policiais encontraram metralhadoras e munições na casa dele, em Jundiaí (SP).
“Em dezembro do ano passado, a Polícia Civil prendeu ele em flagrante em Jundiaí, na residência dele. Na ocasião, os policiais apreenderam um verdadeiro arsenal de guerra: duas metralhadoras antiaéreas e muita munição. Isso já revela que ele tem um histórico para esse tipo de crime, contra instituições bancárias”, disse à EPTV, afiliada da TV Globo.
Em dezembro de 2023, suspeito de ataque a carro-forte já tinha sido preso depois que policiais encontraram metralhadoras e munições na casa dele, em Jundiaí
Reprodução/EPTV
O homem também é considerado suspeito de ter envolvimento com a quadrilha que trocou tiros com policiais militares na tarde de quarta-feira na Rodovia Joaquim Ferreira (SP-338). A ação terminou com a morte do sargento Márcio Ribeiro e de três fugitivos.
Por que a polícia suspeita do homem?
Questionado pelos policiais ainda no hospital, o suspeito afirmou que havia caído sobre um vergalhão enquanto trabalhava em uma obra.
Segundo boletim de ocorrência, no entanto, além do ferimento, outros indícios levantaram a suspeita contra o homem. São eles:
À Polícia Militar, o médico também ressaltou que os exames mostraram que o ferimento havia sido causado há cerca de 24 horas, o que coincidiria com o horário do ataque ao carro-forte;
O homem apresentou documentos falsos aos policiais e resetou dois celulares que estavam com ele;
Não há obras no endereço onde o suspeito alegou que trabalhava.
Câmeras de segurança da UPA mostraram que o homem não chegou à unidade em uma caminhonete, como ele disse.
Os dois celulares do suspeito foram apreendidos.
Ferimento no pé de suspeito de participar do ataque a carro-forte na região de Franca
Reprodução/EPTV
Ataque a carro-forte
A tentativa de assalto a um carro-forte da Protege, especializada em logística de valores, na noite de segunda-feira chamou a atenção da polícia por conta do armamento utilizado pelos criminosos.
A ação quase cinematográfica teve a participação de pelo menos 16 criminosos, que abordaram o carro-forte em posse de uma carga intensa de explosivos e fuzis capazes de “rasgar vidros blindados”, de acordo com o delegado Gabriel Fernando.
A empresa não divulgou a quantia que o veículo transportava, mas informou que os suspeitos não conseguiram levar nada, uma vez que o dinheiro pegou fogo quando eles tentaram abrir o cofre.
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Saiba quem são os feridos no assalto a carro-forte
Os suspeitos foram perseguidos em pelo menos três rodovias que cortam a região. Houve troca de tiros e cinco pessoas ficaram feridas: três funcionários da Protege, um policial do Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep) e um funcionário de uma usina a bordo de uma caminhonete que passava por uma estrada no mesmo momento que os criminosos.
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Ataque a carro-forte deixa feridos em Restinga, SP
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