Autoridades afirmam que furacão oferece riscos extremos à vida. Tempestade deve danificar casas, derrubar árvores e causar inundações. Imagem de satélite mostra Milton se aproximando da Flórida
O furacão Milton tocou o solo da Flórida na noite desta quarta-feira (9), segundo o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC, na sigla em inglês). Os ventos são estimados em 195 km/h, de acordo com as autoridades.
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Nas últimas horas, Milton foi perdendo força a medida em que se aproximava da costa dos Estados Unidos. A tempestade chegou a ser classificada como um furacão de categoria 5, ou máxima, mas caiu para 3 no início da noite.
Ainda assim, as autoridades afirmam que o furacão oferece riscos extremos à vida. A Agência Federal de Gestão de Emergências dos Estados Unidos (Fema, na sigla em inglês) alertou que o fenômeno pode provocar uma enchente “mortal”, destruindo estradas.
Até a última atualização desta reportagem não havia informações sobre estragos ou feridos.
Segundo os meteorologistas, os ventos fortes de Milton podem danificar casas e derrubar árvores. Além disso, o furacão pode elevar a maré em até 4 metros e provocar inundações.
O presidente Joe Biden disse nesta quarta-feira que o furacão Milton carrega um potencial de destruição significativo. Segundo ele, autoridades federais foram enviadas à Flórida para coordenar os trabalhos de emergência.
Nos últimos dias, diante do perigo do furacão, as autoridades emitiram uma ordem para que mais de 1 milhão de pessoas deixassem suas casas. A Baía de Tampa deve ser uma das mais afetadas. A região tem cerca de 3 milhões de habitantes.
Com isso, milhares de pessoas saíram da região ou procuraram por abrigos. Na terça-feira (8), congestionamentos foram registrados na Flórida. A corrida para deixar a região também fez com que gasolina faltasse em postos de combustíveis.
Mulher chora após ver estragos causados pela aproximação do furacão Milton, na Flórida, em 9 de outubro de 2024
REUTERS/Ricardo Arduengo
Maior em 100 anos
O presidente Joe Biden afirmou que “Milton” deve ser o pior furacão a atingir a Flórida em mais de 100 anos. Outras autoridades norte-americanas alertaram para o potencial destrutivo do fenômeno.
Veja um resumo do que se sabe:
Atualmente, a costa oeste da Flórida está em fase de recuperação por causa da passagem do furacão Helene, no fim de setembro. A tempestade provocou dezenas de mortes e deixou estragos.
O governador da Flórida, Ron DeSantis, pediu à população que se prepare para um impacto significativo com a passagem do furacão Milton.
O presidente Joe Biden adiou uma viagem internacional para acompanhar o furacão e adotar todas as medidas necessárias.
A prefeita de Tampa, Jane Castor, alertou para risco de morte devido ao fenômeno, principalmente em áreas mais vulneráveis.
Aeroportos em Tampa e Orlando interromperam voos. Grandes parques temáticos fecharam, como os da Disney e da Universal.
Cientistas estão surpresos com a temporada de furacões no Atlântico e a classificaram como “a mais estranha” já vista. Cinco fenômenos do tipo se formaram entre setembro e outubro.
No caso de “Milton”, o fenômeno passou de tempestade tropical a um furacão de categoria 5 em apenas 46 horas. O aumento na intensidade é um dos mais rápidos já registrados.
No México, o furacão provocou estragos pequenos. Não há mortos ou feridos.
Veja as categorias de furacões segundo a escala Saffir-Simpson
Juan Silva/g1
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