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Voluntários não precisaram ser hospitalizados e passam bem. Equipe do Centro de Zoonose foi enviada ao local para controlar a situação. Ataque de abelhas deixa quatro pessoas feridas e cinco cachorros mortos em abrigo de Goiânia
Arquivo pessoal/Isis Costa
Um ataque de abelhas causou a morte de cinco cães no Abrigo dos Animais Refugados, em Goiânia, nesta quarta-feira (16). Quatro voluntários que tentavam salvar os cachorros também foram picados, mas não precisaram ser hospitalizados e passam bem. Uma equipe do Centro de Zoonose foi enviada ao local para controlar a situação.
O enxame de abelhas estava em uma região de mata, colada com o muro do abrigo. A voluntária Isis Costa contou ao g1 que o abrigo cuida de cerca de 100 animais, entre cães e gatos, e tem duas sedes na capital. O ataque aconteceu na casa onde estavam 15 cachorros.
De acordo com Isis, por conta do ataque, cinco cães morreram e há um cachorro internado em situação grave. Além disso, um cachorro chamado Radije fugiu assustado com a situação e está desaparecido. Os outros oito animais foram levados para a outra sede do abrigo pelos voluntários.
Radije tem porte médio/grande e a pelagem rajada (preto e caramelo) e, provavelmente, está na região do bairro Jardim Vitória, próximo ao Oscar Niemeyer (imagem abaixo). Qualquer informação sobre o cachorro pode ser repassada ao abrigo pelas redes sociais, o mesmo vale para quem quer ajudar no tratamento do cachorro que está internado.
Cão Radije fugiu de abrigo após ataque de abelhas e está desaparecido, em Goiânia
Arquivo pessoal/Isis Costa
Segundo Isis, o Corpo de Bombeiros foi chamado para conter o ataque nesta quarta, mas só chegaram cerca de 1 hora depois do acionamento. A equipe ajudou com a remoção dos corpos dos animais.
Situação antiga e ignorada pelas autoridades
Os funcionários do abrigo reclamam que a situação com as abelhas é antiga e já tinha sido informada aos bombeiros e ao Centro de Zoonoses antes, mas nada foi feito.
“Essa ajuda não veio, infelizmente, e hoje aconteceu o pior”, lamentou a diretora do abrigo, Rayza Araújo.
Em 25 de setembro, houve o primeiro ataque do exame, mas ninguém ficou ferido. Os bombeiros e a Zoonose foram chamados, mas nenhum apareceu.
Cerca de uma semana depois, em 3 de outubro, um novo ataque aconteceu. Dessa vez, os bombeiros disseram que não poderiam atender, pois só agiam em casos de risco iminente e que a responsabilidade era do Centro de Zoonoses, mas a equipe também não foi.
Preocupados, funcionários do abrigo fizeram um apelo nas redes sociais pedindo doações para a contratação de um apicultor para retirar as abelhas por conta própria. O valor foi arrecadado e o trabalhador esteve na casa para fazer a retirada do enxame nesta quarta, mas antes mesmo que ele pudesse realizar o serviço, o ataque aconteceu e causou a morte dos cinco animais.
“O cara que foi lá tentar tirar as abelhas conseguiu tirar o enxame. Ele acha que isso vai resolver, mas que demora alguns dias para todas saírem. Ele recomendou não levar os animais de volta por pelo menos uns quatro dias”, contou Isis.
*Matéria em atualização