Crimes contra a administração pública são investigados em Muriaé e Laranjal


Cinco mandados de busca e apreensão foram cumpridos durante a Operação ‘Laranja Podre’. Ex-vereador de Muriaé, afastado por lavagem de dinheiro e associação criminosa, teria ligação com outros servidores da região. Prefeitura de Laranjal, foto de arquivo
Reprodução/Divulgação
Cinco mandados de busca e apreensão foram cumpridos na manhã desta terça-feira (10) no distrito de Bom Jesus da Cachoeira e Laranjal. A ação faz parte da Operação ‘Laranja Podre’, que investiga crimes praticados contra a administração pública na cidade e também em Muriaé.
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Segundo o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), os alvos são as residências dos investigados, a sede da Prefeitura de Laranjal e um galpão usado pela Secretaria Municipal de Agricultura. Os nomes dos envolvidos não foram informados.
Dentre os crimes praticados estão:
corrupção ativa e passiva;
advocacia administrativa
prevaricação.
A operação foi realizada pelo MPMG com apoio das polícias Civil e Militar e as investigações continuam.
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Operação ‘Laranja Podre’
Conforme o MPMG, as apurações da Operação ‘Laranja Podre’ foram iniciadas a partir da Operação ‘Catarse’, que começou em 2021. Na época, foram extraídas informações de um aparelho celular de um dos alvos, à época vereador em Muriaé, que davam conta de pagamento feitos a agentes públicos da Prefeitura de Laranjal.
A partir da investigação foi verificado que, durante o segundo semestre de 2021, por meio de uma empresa em nome da esposa do investigado, possível ‘laranja’, o então legislador fornecia, via convênio com a Associação dos Municípios da Microrregião do Médio Rio Pomba (Amerp), maquinário pesado para a Prefeitura de Laranjal.
Além da utilização de possível empresa em nome de ‘laranja’, foi constatado que o ex-vereador tem conversas diretas com o secretário municipal de Agricultura de Laranjal, alvo da operação desta terça-feira.
De acordo com as apurações, as conversas tratam de demandas sobre a execução dos trabalhos da empresa, como se o agente público fosse uma espécie de ajudante de ordens da pessoa jurídica de direito privado.
O ex-parlamentar ainda teria feito uma transferência bancária para o secretário, também investigado, utilizando chave Pix em nome da filha do agente público.
O MPMG destaca ainda que há indícios de que o ex-vereador conversava diretamente com a secretária de gabinete do prefeito de Laranjal, também alvo da operação desta terça-feira, com objetivo que o município realizasse os pagamentos referentes ao serviço prestado pela empresa.
O que dizem os envolvidos?
Em nota, a Câmara Municipal de Muriaé disse que não vai comentar sobre o assunto, já que o ex-vereador foi exonerado. A reportagem procurou a Prefeitura de Laranjal e aguarda retorno.
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