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Vítima foi surpreendida por engenheiro civil no apartamento onde eles viviam no momento em que ela foi ao local para pegar objetos. Agressor ainda feriu a sogra e a filha de um ano do casal. A mulher grávida esfaqueada cerca de 20 vezes pelo ex-marido em Franca (SP) na segunda-feira (21) foi atacada enquanto estava com a filha do casal, de apenas um ano, no colo. A menina foi ferida de raspão na perna, diz a família, e Amanda Ramazini teve o pulmão perfurado.
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Irmão da vítima, Augusto Baldim Ramazini contou ao g1 que Amanda sofreu diversos golpes. O estado de saúde é delicado, mas o bebê que ela espera está fora de risco. A vítima continua internada na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) em um hospital particular de Franca.
“O caso dela é mais grave. Foram golpes na cabeça, tórax, pescoço, nuca. O braço esquerdo estava muito cortado na altura abaixo do ombro e a mão direita dilacerada, pois ela estava segurando a filha durante o ocorrido e usou a mãe para proteger a neném”.
A mãe deles, que estava no local para ajudar Amanda a retirar objetos do apartamento onde vivia com o agressor, também ficou ferida. Ela sofreu chutes e uma facada nas costas ao tentar defender a filha e a neta.
Apesar dos ferimentos, avó e neta já se recuperam em casa.
Amanda Ramazini foi atacada com a filha pelo ex-marido, Luis Fernando Moreira, em Franca, SP
Arquivo Pessoal
Um dia antes do ataque
Augusto relatou que, no domingo (20), a família se reuniu em Ribeirão Preto (SP) para comemorar o aniversário do filho mais velho do casal, de 7 anos.
“Nos reunimos na casa da nossa avó, comemos salgadinho, bolo, nunca imaginaríamos o que aconteceria no dia seguinte. Se ele tivesse uma arma ali, não ficaria ninguém vivo”.
De acordo com Augusto, Amanda passava por diversas situações violentas com o ex-companheiro. Eles ficaram juntos por dez anos. Os episódios incluíam ofensas, pressão psicológica e agressões físicas.
Ele não aceitava o fim do relacionamento e chegou a ser preso no dia 11 de outubro após furar os pneus do carro da ex-mulher. No entanto, o engenheiro foi solto em audiência de custódia no dia seguinte.
Amanda Ramazini, a mãe e a filha de um ano foram atacadas pelo ex-marido dela em Franca, SP
Arquivo pessoal
O irmão de Amanda contou ainda que, no momento do ataque, a mãe tinha certeza que a filha morreria. Segundo ela, o ex-genro estava decidido a matá-la. A família espera poder transferir Amanda de Franca para Ribeirão Preto em dez dias.
O caso
Amanda estava morando na casa da mãe, em Ribeirão Preto, há cerca de um mês depois que terminou o relacionamento. Na segunda-feira, ela voltou ao apartamento onde morava em Franca para buscar alguns pertences.
Foi quando o ex-marido, o engenheiro civil Luis Fernando Moreira Bentivoglio Silveira, chegou ao imóvel e atacou as vítimas.
Segundo a delegada Juliana Paiva, da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), Amanda se trancou com a filha e a mãe no banheiro, mas Luis Fernando arrombou a porta e passou a atacá-las com uma faca. Cerca de dez dias antes, a Justiça havia expedido uma medida protetiva contra o engenheiro.
As três foram socorridas por funcionários do condomínio e vizinhos. Outros moradores conseguiram deter o agressor até a chegada da Polícia Militar.
De acordo com a delegada, ao ser preso em flagrante, Luis Fernando alegou que agiu depois de ser impedido pela ex-mulher de ver o filho mais velho do casal. Porém, a versão é contestada pela delegada.
No início da noite desta terça-feira (22), a Justiça decretou a prisão preventiva do engenheiro ao considerar que ele não só descumpriu medidas protetivas aplicadas anteriormente, como apresenta comportamento violento e que não há, nesse momento, outra alternativa para garantir a integridade das vítimas.
Procurado, o advogado Wesley Felipe Martins, que representa Luis Fernando, informou que vai entrar com um habeas corpus. Inicialmente, o engenheiro deve permanecer preso na Cadeia de Franca.
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