Ilha do Bananal (TO) terá ajuda do Exército para combater incêndios descontrolados


Com o vento mais forte, o fogo já ultrapassou as contenções feitas pelos brigadistas. O Ministério da Defesa já autorizou a atuação de quase 200 militares para as áreas afetadas. Incêndio atinge a Ilha do Bananal (TO)
Reprodução/Jornal Nacional
O gigantesco cordão de fogo avança em todas as direções da Ilha do Bananal (TO).
Com o vento mais forte, as chamas ultrapassaram os aceiros e as contenções que tinham sido feitas pelos brigadistas do Ibama e do ICMBio, e invadiram áreas que já tinham sido atingidas por queimadas em anos anteriores.
“Uma área degradada, quando ela já teve a passagem do fogo em anos anteriores, ele já degradou aquela floresta. Então, hoje, ela é uma área mais suscetível ao fogo. Ou seja, ela tem menos vegetação resistente ao fogo e mais capim”, explica Bruno Cambraia, coordenador da Força-Tarefa.
A Ilha do Bananal é uma reserva da biosfera, lar de três etnias indígenas e o ponto de encontro entre os biomas do Cerrado e do Pantanal com a Amazônia.
Em agosto, o Ministério do Meio Ambiente deslocou dois helicópteros que atendiam os incêndios na Ilha do Bananal para outros estados em que a situação estava mais crítica. Atualmente, 40 brigadistas atuam na região e a única aeronave disponível é considerada pequena e transporta apenas três pessoas por viagem.
O governo do Tocantins pediu socorro ao Exército para conter os incêndios. O Ministério da Defesa já autorizou a atuação de quase 200 integrantes do 22º Batalhão de Infantaria, que fica em Palmas, para as áreas afetadas. São militares que já são formados em cursos de combate ao fogo e que vão se juntar às brigadas locais. Os militares devem começar a trabalhar neste domingo (15).
“Nós vamos empregar em duas frentes, uma na região metropolitana com 60 militares, outros 60 militares na Ilha do Bananal e 40 permanecerão em reserva. Além desses militares, mais 30 estarão realizando o que a gente chama de apoio logístico, afirma Ivon Berreto Leão, general do Exército.
O que diz o Ministério do Meio Ambiente
O Ministério do Meio Ambiente informou que o uso de aeronaves e brigadistas é constantemente revisado, considerando os cenários climáticos, a situação de outras Unidades de Conservação e a disponibilidade financeira. Ainda segundo o Ministério, brigadistas de outras foram realocados para ampliar o combate ao fogo e a prioridade é proteger a Mata do Mamão, área com grande biodiversidade e que pode ter indígenas isolados.
O Ministério informou ainda que, até o momento, as operações conseguiram controlar os incêndios nessa região.
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