Atleta de Itu (SP), Mariana D’Andrea é bicampeã paralímpica e conversou com o g1 sobre os desafios até chegar ao pódio e planos para as Paralimpíadas de 2028, em Los Angeles. Mariana D’Andrea beijando a medalha de ouro do seu bicampeonato paralímpico
Divulgação/Comitê Paralímpico Brasileiro
A atleta de halterofilismo e bicampeã paralímpica Mariana D’Andrea, de 26 anos, mostrou ao mundo sua força em uma das competições mais difíceis das Paralimpíadas de Paris 2024. Nascida em Itu, interior de São Paulo, ela jamais imaginou que, devido ao nanismo, hoje carregaria duas medalhas de ouro conquistadas em duas Olimpíadas, em diferentes continentes.
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Em entrevista ao g1, Mariana contou que a dúvida e a incerteza foram, sem dúvida, seus maiores adversários no início daquilo que seria uma carreira de sucesso. Ela destaca, emocionada, que a família e seu treinador tiveram um papel fundamental para fomentar sua paixão e garra pelo esporte.
“Confesso que quando comecei a treinar era algo que eu não queria. Achava que não iria pra frente, que eu não seria capaz de levantar todo aquele peso”, revela.
Atleta paralímpica de halterofilismo Mariana D’Andrea
Reprodução/Fabrício Rocha
Virada de chave
Mariana D’Andrea conta que foi em uma competição no Recife (PE) onde “virou a chave” de sua vida. Ali, ela teve a oportunidade de ver pessoas com outras deficiências abraçando o esporte. “Eu vi um mundo diferente do que eu vivia e aquilo me fez querer experimentar mais do esporte”, afirma.
O esporte deixou de ser apenas uma modalidade e passou a fazer parte da rotina de Mariana. “[O esporte] mudou minha vida completamente, tanto na saúde quanto na minha vida pessoal. Hoje é meu trabalho, consigo viver do esporte, e todas as minhas conquistas foram através dele”, ressalta a atleta.
Mas para subir ao pódio, a atleta conta que o trabalho e apoio de seu treinador, Valdeci Lopes, foi essencial. “Sem palavras, ele faz total diferença na minha vida. Lembro até hoje de um exercício que ele mandou eu fazer e eu disse que não iria fazer. Ele me respondeu: ‘Não, eu não estou pedindo, estou mandando você fazer’. Aquilo me fez perceber como suas orientações são cruciais”, destaca Mariana.
O treinador Valdeci Lopes compartilha da mesma visão sobre a importância da relação entre atleta e treinador. “Às vezes, são atitudes que precisamos ter para criar uma atleta de alto rendimento. O comportamento do treinador pode influenciar muito onde o atleta vai chegar”, explica.
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Los Angeles é logo ali
Nem mesmo terminou de comemorar a segunda medalha de ouro e Mariana já pensa nos Jogos Paralímpicos de Los Angeles, que serão realizados em 2028. O treinador conta que já prepara novos treinos e estratégias para que a atleta continue com a mesma determinação. “Isso já me fez pensar em estratégias para ajudá-la a evoluir ainda mais”, comenta
Com brilho nos olhos e pensamentos no futuro, Mariana já imagina estar no pódio e, mais uma vez, representar os 215 milhões de brasileiros. “Em Los Angeles, vamos em busca dessa meta. Vou treinar bastante porque quero mais uma medalha.”
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