Segundo governo federal, um novo plano de políticas climáticas com foco na redução das emissões de gases de efeito estufa e adaptação de cidades às mudanças climáticas está sendo feito. A participação digital dos moradores acontece pela plataforma ‘Plano Clima Participativo’ até esta terça-feira (17). Bombeiro caminha em frente às chamas de incêndio florestal em uma área da Floresta Nacional de Brasília (4 de setembro)
Adriano Machado/Reuters
Moradores podem enviar até esta terça-feira (17) propostas ao governo federal para um novo plano de políticas climáticas com foco na redução das emissões de gases de efeito estufa e na adaptação das cidades às mudanças climáticas. O plano será apresentado na COP 29 de novembro, no Azerbaijão.
As propostas podem ser feitas por meio da plataforma Plano Clima Participativo. O morador pode enviar até três sugestões sobre “Como o Brasil pode enfrentar as mudanças climáticas e reduzir seus impactos?”.
A plataforma também permite que o participante comente as contribuições de outras pessoas ou ainda vote em até 10 propostas que julgar mais interessantes, pois as 10 mais votadas de cada eixo seguirão para análise do governo, receberão respostas individualizadas e poderão ser incorporadas aos planos setoriais da estratégia climática.
Segundo o governo federal, entre junho e agosto deste ano o Plano Clima Participativo teve mais de 160 mil acessos e mais de 30 mil usuários cadastrados.
Ainda conforme o governo, oaplataforma recebeu até o momento 945 propostas, engajando mais de 1,5 mil comentários e 31 mil votos.
Como participar
Para participar, basta acessar a página gov.br/planoclima, com o login da conta gov.br. Caso ainda não possua login, ele pode ser criado via site ou pelo aplicativo de celular, basta ter o CPF (Cadastro de Pessoa Física) válido.
As propostas devem ser vinculadas a um dos 18 diferentes eixos-temáticos pensados para abordar as questões climáticas de maneira abrangente, como biodiversidade, proteção e restauração florestal; sistemas alimentares; cidades e turismo; indústria e mineração; energia; emprego e renda; governança e sistemas jurídicos; recursos hídricos; oceanos e zonas costeiras; comunidades tradicionais e povos indígenas; mulheres; igualdade racial, enfrentamento ao racismo, entre outros.
As dez propostas mais bem votadas de cada eixo temático seguem para a análise do governo federal e eventual incorporação pelos planos setoriais.
Sobre
O Plano Nacional sobre Mudança do Clima (Plano Clima) será o guia da política climática brasileira até 2035.
A nova versão do Plano Clima é conduzida, desde o final de 2023, pelo Comitê Interministerial sobre Mudança do Clima (CIM), integrado por representantes de 22 ministérios, pela Rede Clima e pelo Fórum Brasileiro de Mudança do Clima. Seu processo de construção conta com ampla participação da sociedade.
O plano terá dois pilares. O primeiro é a Estratégia Nacional de Mitigação, para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, cuja alta concentração na atmosfera provoca o aquecimento global.
O segundo é a Estratégia Nacional de Adaptação, para diminuir a vulnerabilidade de cidades e ambientes naturais às mudanças do clima e garantir melhores condições de o país enfrentar os eventos climáticos extremos. Os componentes de mitigação e adaptação também terão planos setoriais.
Esse conjunto de medidas leva em conta, ainda, uma estratégia mais ampla de ação climática, que lida com a necessidade de uma transição justa em termos sociais, além de meios de implementação, monitoramento e transparência.