
Brian morreu na hora com dois tiros. A polícia recolheu os cartuchos das balas disparadas.
Neles estavam escritas as palavras negar, defender e destituir. Polícia de Nova York faz caça por suspeito que assassinou CEO de grande empresa de plano de saúde
Imagem: TV Globo
A polícia de Nova York está investigando um crime incomum: o assassinato de um alto executivo no centro da cidade e a luz do dia.
US$ 10 mil de recompensa para quem der pistas que possam levar ao assassino. Os cartazes estão espalhados pela cidade.
Foi em um albergue no norte da ilha de Manhattan que o assassino passou a noite. Ele dividiu o quarto com dois homens que não conhecia e foi na hora de fazer check-out que ele deixou a maior prova contra ele.
As câmeras de segurança registraram uma imagem, a única em que ele aparece com o rosto descoberto.
Por volta das 6h da manhã, ele foi ao centro da cidade e entrou em uma cafeteria. Pediu café, água e barrinhas de cereal.
A polícia divulgou uma foto dele já dentro da cafeteria, de jaqueta e mochila cinza, usando máscara.
Ele tomou o café e jogou o copo no lixo. A polícia conseguiu encontrar o copo e trabalha para identificar impressão digital ou amostras de DNA.
Da cafeteria ao local do crime, são poucos metros. A polícia acredita que o crime foi premeditado porque ele ficou esperando até às 6h44 da manhã a vítima sair de um hotel de luxo.
Há uma foto do momento em que ele atira. A arma tinha um silenciador, não fez barulho.
O alvo era Brian Thompson, de 50 anos — CEO de uma das maiores empresas dos Estados Unidos, chamada United Healthcare. É uma companhia de plano de saúde.
Brian morreu na hora com dois tiros. A polícia recolheu os cartuchos das balas disparadas. Neles estavam escritas as palavras “negar, defender e destituir”. Os investigadores ainda não sabem o que isso significa.
Mas duas das palavras estão no título de um livro que acusa as seguradoras e operadoras de planos de saúde de atrasar ou negar o pagamento de procedimentos médicos.
O assunto foi tema, inclusive, de um painel no Senado americano. Depois que o número de procedimentos negados a idosos subiu de 10% para 22% em dois anos.
Do local do assassinato, o criminoso saiu correndo por uma rua, dobrando uma esquina e pegando a Sexta Avenida. Passou de novo na frente da cafeteria, pegou uma bicicleta elétrica e começou a pedalar e chegou ao Central Park.
Ele se embrenhou de bicicleta pelo Central Park e fugiu por uma rua do Upper West Side, uma região nobre da cidade. Foi a última vez que ele foi visto. Mas de um assassinato de um milionário no centro de Manhattan, vai ser difícil de escapar.
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