Foram entrevistados Angelina Dias (PCO), Dário Saadi (Republicanos), Pedro Tourinho (PT), Rafa Zimbaldi (Cidadania) e Wilson Matos (Novo). Candidatos à Prefeitura de Campinas, da esquerda para a direita: Angelina Dias (PCO), Dário Saadi (Republicanos), Pedro Tourinho (PT), Rafa Zimbaldi (Cidadania) e Wilson Matos (Novo)
Marcelo Gaudio/g1
Os cinco candidatos à Prefeitura de Campinas (SP) participaram de sabatinas ao vivo e responderam às perguntas dos jornalistas do g1 e da rádio CBN Campinas.
Entre os dias 9 e 13 de setembro, foram entrevistados Angelina Dias (PCO), Dário Saadi (Republicanos), Pedro Tourinho (PT), Rafa Zimbaldi (Cidadania) e Wilson Matos (Novo).
A equipe do Fato ou Fake checou algumas declarações dos políticos. Leia abaixo:
Angelina Dias
Dário Saadi
Pedro Tourinho
Rafa Zimbaldi
Wilson Matos
Angelina Dias (PCO)
“Nós ainda não recebemos o fundo eleitoral. Foi bloqueado pela Cármen Lúcia e, em 2022, pelo Alexandre de Moraes”.
Não é bem assim
(Foto: G1 arte)
#NÃOÉBEMASSIM. Veja por quê: o Partido da Causa Operária (PCO) ainda não recebeu o Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC), o chamado fundo eleitoral, mas não por um bloqueio.
De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o processo que avalia a liberação da verba para o partido, que neste ano está prevista em R$ 3,4 milhões, ainda está em trâmite. Todos os partidos passam por essa etapa de prestação de contas para o recebimento.
Ao g1, o TSE ressaltou também que em 2022 a verba destinada ao partido foi liberada sem qualquer bloqueio. Os critérios para distribuição do FEFC estão elencados na Resolução 23.605/2019 do TSE.
Procurada, a assessoria da candidata respondeu apenas que “existe um processo para bloquear o fundo eleitoral do PCO. Um processo sem sentido, estabelecido pelo TSE, de forma arbitrária para prejudicar e perseguir o PCO”.
“No Mato Grosso do Sul a gente tem 15 candidaturas indígenas. As pessoas falam que não tem povão no nosso partido. Quem tem mais candidatura indígena somos nós”.
Não é bem assim
(Foto: G1 arte)
#NÃOÉBEMASSIM. Veja por quê: Dados disponibilizados no portal de candidaturas do TSE mostram que 2.561 candidatos de todo o Brasil se declararam indígenas em 2024. Na análise percentual, o PCO é o partido com o maior número de candidaturas indígenas – são 18 de 175 candidatos (10,3% – todos do Mato Grosso do Sul), seguido pela REDE (2,4%).
Porém, em números absolutos, a sigla com o maior número de concorrentes indígenas é a do Partido dos Trabalhadores (PT), com 354, seguida pelo Movimento Democrático Brasileiro (MDB), com 233. Mesmo que fossem considerados apenas os candidatos do Mato Grosso do Sul, o PCO ainda ficaria atrás do PT, que tem 42.
A assessoria da candidata reiterou a fala e disse que é o PCO é o partido com mais candidatos indígenas percentualmente.
Dário Saadi (Republicanos)
“A cidade foi considerada pela ONU como a primeira cidade resiliente do Brasil”.
Fato
g1
A declaração é #FATO. Veja por quê: segundo a iniciativa Construindo Cidades Resilientes 2030 (MCR2030), Campinas foi reconhecida pela Estratégia Internacional das Nações Unidas para a Redução de Desastres (UNDRR), em 2022, como o 1º Centro de Resiliência do Brasil pelo Comitê de Coordenação Global do MCR2030.
A informação consta em vários textos do site oficial da iniciativa vinculada à Organização das Nações Unidas (ONU). Um dos artigos, publicado em novembro de 2022, explica como se deu o processo de adesão da cidade. Outro mais recente, de novembro de 2023, informa uma atualização do andamento do centro de resiliência.
Conforme detalhado em uma página especial do Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional, a iniciativa da MCR2030 reúne municípios que adotam políticas de redução de riscos e desastres, desenvolvendo soluções locais para melhorar sua capacidade de resistir e se recuperar dessas situações.
Na metrópole, a ação é encabeçada pelo diretor da Defesa Civil, Sidnei Furtado. Ao g1, ele detalhou que “são realizadas reuniões periódicas” e que a ação mais recente foi a chegada de um novo radar meteorológico, que já era esperado pela Unicamp, e “que vai permitir identificar cenários de crise com antecedência, em um trabalho conjunto a outros municípios”.
” […] o próprio Ministério Público pediu arquivamento desse processo contra a Prefeitura. Então, foi levantada essa hipótese do Ministério Público [responsabilidade do poder público sobre as mortes], mas os laudos do IPT, laudos da Unicamp e laudos de outros institutos mostraram que as árvores estavam sadias e realmente o solo estava muito encharcado”.
Não é bem assim
(Foto: G1 arte)
#NÃOÉBEMASSIM. Veja por quê: a fala veio como resposta à pergunta: “Candidato, nós tivemos duas mortes por quedas de árvores em Campinas durante a sua gestão. Aquele caso da Isabela no Taquaral e a do Bosque. Essas mortes causaram uma série de remoção de árvores e essa série foi questionada pela Promotoria em algum momento. Quais medidas o senhor vai tomar em um eventual segundo mandato para evitar novas mortes e [garantir] a arborização da cidade também?”
Conforme esclarecido ainda durante a entrevista pelo jornalista Arthur Menicucci, o Ministério Público arquivou a ação criminal contra a Prefeitura, mas, no âmbito cível, mantém em andamento duas ações disponíveis para consulta no site do Tribunal de Justiça de São Paulo AQUI e AQUI.
Foram duas quedas de árvores que resultaram em mortes na cidade durante a gestão do prefeito Dário Saadi: uma no Bosque dos Jequitibás em 28 de dezembro de 2022 e outra na Lagoa do Taquaral, em 24 de janeiro de 2023.
Uma série de laudos técnicos foram incluídos nas ações cíveis sobre os casos. O da Unicamp e do IPT, citados pelo prefeito, estão entre os documentos anexados no processo. Há conclusões específicas e diferentes para cada um dos dois incidentes. E não há consenso, o que torna imprecisa a fala do prefeito na entrevista. Entenda a seguir:
CASO TAQUARAL: sobre a fala do prefeito de que as plantas estavam sadias, um laudo da Unicamp indicou que a árvore apresentava alguns sinais de deterioração, mas, realmente, não apontava esse fato como relevante para a saúde geral da planta ou para sua queda. Já dois outros laudos, do Instituto Biológico (IB) e do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), ambos ligados ao governo do estado, atestaram que a árvore apresentava “algumas regiões necrosadas e apodrecidas” e “raiz de sustentação com apodrecimento intenso” e que isso pode ter contribuído para a queda. Em relação à chuva, de fato, no caso do Taquaral, os três laudos indicam os fatores meteorológicos como determinantes na queda da planta. Confira AQUI o laudo da Unicamp, AQUI o laudo do IB e AQUI o do IPT, órgãos do governo do estado.
CASO BOSQUE: já no caso do Bosque os laudos não são categóricos em apontar o encharcamento do solo como causa determinante da queda da árvore. O IPT, por exemplo, aponta mais na direção de problemas estruturais relacionados à calçada e à base da grade do local que comprimiam a raiz da árvore. Em relação à saúde da planta do Bosque, de fato, os dois laudos não identificaram problemas. Um terceiro laudo, do Instituto Agronômico de Campinas (IAC), chega à mesma conclusão, sem atribuir causas ao incidente. Confira AQUI o laudo do IB sobre o Bosque, AQUI o laudo do IPT e AQUI o laudo do IAC. Não existe nenhum laudo da Unicamp anexado ao processo sobre esse caso.
O que disse o candidato?
Questionado, o candidato voltou a citar trechos de laudos específicos que, separadamente, sustentariam a fala do prefeito. A nota afirma, por exemplo, que “laudos do Instituto Biológico e do Instituto Agronômico de Campinas (IAC), órgãos ligados ao governo do Estado, apontaram que a figueira branca do Bosque dos Jequitibás, que tombou na área externa do parque em 28 dezembro de 2022, estava saudável e a queda foi causada por eventos climáticos, como excesso de chuvas e vento, e o encharcamento do solo. Os laudos foram concluídos em janeiro e fevereiro de 2023”.
Com relação ao eucalipto que caiu na Lagoa do Taquaral em 24 de janeiro de 2023, disse também que “laudos do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e do Instituto Biológico (IB), órgãos ligados ao governo do Estado de São Paulo, concluíram que a queda da árvore foi por causa do encharcamento do solo. Os laudos foram apresentados em fevereiro de 2023. O processo está tramitando na Justiça e a Prefeitura está prestando todos os esclarecimentos necessários”.
Pedro Tourinho (PT)
“Tem uma situação dramática em Campinas. Campinas está com seus serviços públicos sucateados na saúde. De 2016 para cá, nós perdemos mais de 900 trabalhadores na área de saúde dentro dos espaços da administração pública”.
Não é bem assim
(Foto: G1 arte)
#NÃOÉBEMASSIM. Veja por quê: o número citado pelo candidato se refere apenas aos servidores concursados, como mostram dados extraídos do portal da transparência da Prefeitura de Campinas:
em janeiro de 2016 a metrópole tinha 6.870 servidores na Secretaria Municipal de Saúde e no Hospital Municipal Mário Gatti, considerando todos os cargos;
em agosto deste ano o índice passou para 5.946, o que representa uma redução de 924 trabalhadores.
No entanto, se considerarmos todos os trabalhadores dos espaços da administração municipal, isso inclui também prestadores de serviço terceirizados. O dado deste número só é possível de saber por meio da própria Prefeitura, que afirma que houve um crescimento. A Secretaria Municipal de Saúde afirma que o número total de colaboradores passou de 9.167 para 11.057 entre 2016 e 2024 (+20,6%).
A oposição, no entanto, afirma que estes os dados da administração municipal estão inflados.
“A Guarda Municipal está há quase 12 anos com um efetivo mais ou menos parecido, fica ali na casa dos 700. Sobe um pouquinho, cai um pouquinho, um ano ou outro, mas não muda muito”.
selo fato
g1
A declaração é #FATO. Veja por quê: segundo informações da Guarda Municipal de Campinas, em 2012 eram aproximadamente 700 guardas. Agora em 2024 a corporação conta com um efetivo em torno de 800 homens e mulheres. A GM, que foi criada em 14 de julho de 1997 com cerca de 250 agentes, informou que não divulga o número preciso por questões de segurança.
Rafa Zimbaldi (Cidadania)
“Fomos apontados pelo Ministério Público Federal como a Câmara mais transparente do país quando eu fui presidente da Câmara”.
selo fake
g1
A declaração é #FAKE. Veja por quê: não há rankings do Ministério Público Federal (MPF) sobre a transparência das Câmaras Municipais. O que o MPF lançou, em 2015 e 2016, foi um ranking nacional de transparência dos governos estaduais e municipais. O MPF informou que não arquivou o ranking e, por isso, não consegue disponibilizar as notas, mas reforçou que o Poder Legislativo dos municípios não foi avaliado.
Em 2015, quando Zimbaldi era presidente do Legislativo, o Ministério Público de São Paulo (MP-SP) divulgou uma avaliação sobre os portais da transparência das câmaras municipais do estado. A nota mais alta foi de Várzea Paulista (SP), com 10. Campinas tirou 7,9. Veja o ranking completo aqui.
Ao g1, a assessora de Zimbaldi explicou em nota que, durante o período em que presidiu o Legislativo Municipal, a Câmara de Campinas ficou em primeiro lugar nas categorias “Democracia e Transparência” e “Processo Legislativo”, no Prêmio Paulista de Boas Práticas Legislativas, que não tem relação com o MPF. À época, a premiação foi divulgada pelo Legislativo.
O reconhecimento é promovido pelo Movimento Voto Consciente, uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), em parceria com a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Associação Paulista de Escolas do Legislativo e Contas (Apel) e o Laboratório de Gestão Governamental (Lab Gov), e foi entregue em novembro de 2018.
“Nós vimos a Numbeo, uma plataforma internacional, que apontou Campinas como a 38ª cidade mais perigosa do mundo”.
Não é bem assim
g1
#NÃOÉBEMASSIM. Veja por quê: o ranking de insegurança citado pelo candidato atribui notas aos níveis de criminalidade e segurança pública de 311 cidades de todo o mundo, sendo que Campinas aparece na 37ª posição. O levantamento, porém, não utiliza nenhum dado oficial.
De acordo com Numbeo, o ranking leva em consideração a avaliação dos próprios usuários. Dessa forma, qualquer pessoa pode acessar o site, a qualquer momento e quantas vezes quiser, e responder ao questionário com sua percepção sobre criminalidade na cidade em que mora.
Para a doutora Susana Durão, especialista em segurança pública e pesquisadora da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), os dados não são confiáveis, pois não há controle sobre sua apuração.
“Esse indicador é muito estranho, porque não parece estar associado a uma organização internacional reconhecida. Parece ser uma coisa aleatória. […] Muitas vezes, a população não procura saber se é verdade por conta da sensação de crime, sensação de insegurança, que pode não ter correlação com a realidade”, comenta.
Sobre a declaração, a assessoria informou que o candidato “apenas reproduziu o que o estudo apontou” e ressaltou que os dados também foram reproduzidos por outros veículos da imprensa nacional.
“Eu fui o deputado que mais destinou recursos para o Instituto Padre Haroldo, que é uma referência no país e no mundo”.
selo fato
g1
A declaração é #FATO. Veja por quê: segundo o Portal da Transparência da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), disponível ao público aqui, Rafa Zimbaldi (Cidadania) foi, na atual legislatura (iniciada em 2023), o parlamentar estadual que mais destinou emendas ao Instituto Padre Haroldo.
Rafa indicou, à entidade, duas emendas que estão em processamento: R$ 200 mil para custeio de tratamentos e R$ 150 mil como apoio a uma conferência de comunidades terapêuticas, totalizando R$ 350 mil ao instituto. Por serem impositivas, as emendas precisam ser empenhadas no orçamento deste ano.
Além dele, outro parlamentar também destinou verba ao Padre Haroldo. A emenda foi de R$ 50 mil.
Wilson Matos (Novo)
“Eu nunca me comprometi 100% a ter uma privatização direta, imediata. Eu, sim, considero muito, mas seria muito irresponsável dizer que eu iria entrar com processo de privatização logo agora […] Nós precisamos, primeiro, um estudo. Precisamos de um levantamento”.
Não é bem assim
g1
#NÃOÉBEMASSIM. Veja por quê: no plano de governo 2025-2028, entregue ao Tribunal Superior Eleitoral (veja aqui, em ‘propostas’), o candidato cita a privatização como parte de seus projetos em quatro trechos diferentes e o termo aparece 12 vezes. No primeiro, sobre Parcerias Público-Privadas (PPP), fala da “implementação de privatizações e concessões responsáveis para setores como SETEC/CEASA/IMA e a abertura de capital da Sanasa, gerando receitas adicionais”.
Depois, diz que vai “estabelecer critérios claros e transparentes para privatizações e concessões, incluindo avaliação de impacto social e ambiental”, além de “criar um órgão de monitoramento para fiscalizar e garantir a qualidade dos serviços privatizados”. Ao fim, volta a falar de ‘privatização responsável’ e da abertura de capital da Sanasa, “direcionando os recursos obtidos para investimentos prioritários”.
O plano de governo é uma exigência da Lei 12.034/2009, que obriga candidatos a prefeito, governador e presidente a apresentarem seus projetos no ato do registro de candidatura junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Como o nome sugere, é nesse documento que os concorrentes apontam o que pretendem colocar em prática se forem eleitos.
Questionado sobre a contradição, o candidato voltou atrás do que disse na entrevista e afirmou que seu compromisso com a privatização da Ceasa “está garantido e será conduzido com responsabilidade”, e que “servirá como modelo para futuras privatizações. Nos primeiros 100 dias de governo, iniciaremos a concessão da Ceasa, em parceria com os permissionários, para viabilizar a privatização de maneira eficiente”.
Disse também que “as demais privatizações ocorrerão gradualmente e levarão mais tempo, pois dependerão da análise dos resultados da Ceasa, com base em estudos técnicos de consultorias especializadas. Dessa forma, garantimos que cada decisão seja embasada em dados concretos e seguros”.
“A cidade inteira de Mogi Mirim viu o que eu consegui fazer trazendo o time de volta, trazendo oportunidade para atletas, colocando o time para jogar na Federação [Paulista de Futebol] novamente”.
selo fato
g1
A declaração é #FATO. Veja por quê: a frase se refere à atuação de Wilson Matos como CEO do Mogi Mirim Esporte Clube. O Mogi Mirim voltou a participar de partidas da Federação Paulista de Futebol após a chegada de Wilson Matos por meio de sua empresa WKM Solutions. Antes, em 2018, o clube havia sido eliminado da série D e ficou sem divisão para o ano seguinte.
Sem calendário para competições profissionais, o clube só retornou em 2021, quando Matos assumiu como CEO e reativou a equipe sub-20 para voltar a disputar os campeonatos da Federação Paulista de Futebol. Já em 2022, criou um time sub-23 para a disputa da “Bezinha”, equivalente à quarta divisão estadual.
Com um time formado por garotos, a maioria recebendo um salário-mínimo, como é comum neste nível do futebol nacional, o Mogi Mirim encerrou a primeira fase com campanha de cinco derrotas, dois empates e uma vitória, caindo para a quinta divisão paulista.
Apesar do retorno, a relação com a WKM também foi marcada por polêmicas. Entre 2021 e 2022, o presidente Luiz Henrique de Oliveira apontou descumprimentos por parte da empresa e chegou a anunciar a rescisão, mas uma liminar determinou a manutenção do contrato.
Segundo a Federação Paulista de Futebol, o Mogi Mirim, de 2018 até os dias atuais, jogou a “Bezinha” em 2021 e 2023.
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