Em março de 2023, a Justiça de Mandaguari determinou que Campana vá a júri popular. Defesa recorre da decisão deste então. STJ vai decidir se caso Magó terá júri popular
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) vai decidir se Flávio Campana, acusado de matar a bailarina Maria Glória Poltronieri Borges em uma cachoeira de Mandaguari, no norte do Paraná, irá a júri popular.
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Na semana passada, o Tribunal de Justiça do Estado do Paraná (TJ-PR) negou mais um pedido da defesa de Campana de evitar o júri. A defesa, então, recorreu da decisão no STJ.
Campana é réu por homicídio qualificado, estupro e ocultação de cadáver.
Em março de 2023, a Justiça de Mandaguari determinou que Campana vá a júri popular. Desde então, a defesa tem recorrido da decisão.
O crime
Maria Glória Poltronieri Borges tinha 25 anos quando foi morta perto de uma cachoeira, em janeiro de 2020.
De acordo com a família da jovem, ela tinha ido ao local rezar e se reconectar com a natureza.
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Segundo o delegado Zoroastro Nery do Prado Filho, a irmã da bailarina foi quem encontrou o corpo dela, em uma trilha.
A família acredita que a jovem lutou com o agressor, pois o corpo apresentava marcas roxas nos braços, ombro e cintura.
Segundo o IML, Maria Glória foi morta por asfixia. A Polícia Civil indicou que o corpo dela apresentava sinais de violência sexual. Materiais genéticos encontrados no corpo foram encaminhados para Curitiba.
O acusado
A Polícia Civil confirmou que o material genético encontrado nas roupas e no corpo de Maria Glória é de Flávio Campana. Ele foi preso em janeiro de 2020, em Apucarana.
Campana apresentava várias marcas de arranhão pelo corpo. Segundo a polícia, essa seria uma prova de que ele entrou em luta corporal com a bailarina.
“Não há dúvida nenhuma sobre a participação desse homem na morte de Maria Glória, o exame deu 100% compatível com os materiais genéticos encontrados no corpo e na calcinha da vítima”, afirmou o delegado de Homicídio de Maringá, Diego Almeida.
Segundo a polícia, o suspeito mostrou marcas de lesões no corpo e disse que eram antigas
Imagens cedidas/Polícia Civil
No primeiro depoimento que prestou à polícia, Campana negou o homicídio e afirmou que manteve relação sexual de forma consensual com a bailarina.
“Desde o início das nossas investigações nós estávamos em contato com ele e, por várias vezes, ele negou qualquer contato com a Magó. Só depois de ser confrontado com o exame de DNA é que ele acabou alegando que praticou sexo com ela”, disse o delegado.
Conforme a polícia, Campana já foi condenado por estupro em 1998 e tem várias passagens por agressão as mulheres.
Flávio Campana, de 40 anos, foi preso suspeito de estuprar e matar Maria Glória Poltronieri Borges
Divulgação
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