Vietnamita Thi Ram Nguyen, de 28 anos, chegou em 1º setembro ao aeroporto, acompanhada pelo marido. Mudança nas normas proíbe que passageiros em trânsito, que têm só conexão no Brasil, peçam refúgio. Fachada do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos
Abraão Cruz/TV Globo
Uma mulher grávida de oito meses espera há 18 dias no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, uma decisão sobre a sua situação.
A vietnamita Thi Ram Nguyen, de 28 anos, chegou em 1º setembro ao aeroporto. Ela e o marido tentaram pedir refúgio, mas não foram autorizados a fazer a solicitação, por conta do endurecimento das regras, em vigor desde o mês passado.
A mudança proíbe que passageiros em trânsito, que têm apenas conexão no Brasil, peçam refúgio. O casal tentou na Justiça a permissão para entrar, mas o habeas corpus foi negado no último dia 13.
Na terça-feira (17), a Defensoria Pública da União conversou com a imigrante, que disse querer retornar ao Vietnã.
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Devido ao tempo avançado de gravidez, foi preciso que ela passasse por exames médicos no Hospital Geral de Guarulhos e, nesta quarta-feira (18), recebeu um atestado médico garantindo que está em condições de voltar para casa.
Segundo a Secretaria Nacional de Justiça, o casal poderá embarcar de volta para casa nesta quarta. A Latam disse que “está oferecendo toda assistência e providenciando o retorno do casal com uma companhia aérea parceira”.
Atualmente, a área restrita do aeroporto, de acordo com o Ministério Público Federal, está com 88 estrangeiros retidos. No pico da crise, mês passado, a área restrita chegou a ficar com quase 700 pessoas.