Ano carrega perda de grande nome do cinema brasileiro e pioneiros que trabalharam na construção de Brasília. Cineasta Vladimir Carvalho, em imagem de arquivo
Joanna Ramos
O Distrito Federal foi marcado pela morte de personalidades em 2024, como grandes nomes da construção de Brasília e do cinema brasileiro. Entre outras causas, a dengue foi responsável por algumas dessas mortes.
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Na reportagem, relembre a trajetória do cineasta Vladimir Carvalho, da ativista Maria Eduarda Soares, da jornalista Edilma Neiva Ibiapina, dos pioneiros César Trajano e Bartolomeu Cordeiro, e da influenciadora Aline Silva (veja abaixo).
Mortes que marcaram o DF em 2024
Maria Eduarda advogada e ativista
Reprodução/OAB/DF
Ativista e advogada Maria Eduarda Soares de Mendonça
A ativista pelos direitos das pessoas com deficiência Maria Eduarda Soares de Mendonça morreu de dengue em março, com 31 anos de idade. Ela era advogada e fazia palestras sobre diversidade e inclusão.
Com cerca de 84 centímetros de altura, Maria Eduarda tinha uma síndrome rara: displasia óssea esponjometafisária com distrofia de cones e bastões.
Edilma Neiva Ibiapina, jornalista pioneira de Brasília
Jornalista do DF Edilma Neiva Ibiapina precisa de doações de sangue para tratar dengue.
Arquivo pessoal
Edilma Neiva Ibiapina foi outra personalidade que sofreu com a dengue em 2024. Ela foi uma das jornalistas pioneiras de Brasília, e morreu em abril, aos 77 anos, após complicações da doença.
A jornalista veio de Goiânia para o Distrito Federal em 1970, para estudar Comunicação na Universidade de Brasília (UnB). Foi a primeira repórter mulher da TV Globo Brasília e a primeira a fazer uma reportagem para o Jornal Nacional.
Pioneiro César Trajano de Lacerda
Pioneiro César Trajano de Lacerda morre aos 89 anos
TV Globo/ acervo
O empresário César Trajano de Lacerda veio para o Distrito Federal em 1957 para ajudar a construir a nova capital do país.
Foi comerciante, secretário do governo de Joaquim Roriz e deputado distrital, eleito em 1994 e reeleito em 1998. Trajano morreu em abril, aos 89 anos, em casa, no Lago Sul.
Bartolomeu Cordeiro Lima, pioneiro que ajudou a construir Catetinho
Bartolomeu Cordeiro Lima ajudou a construir o Catetinho, no DF
Reprodução
O marceneiro Bartolomeu Cordeiro Lima chegou a Brasília em 1957 e ajudou a construir o Catetinho, primeira residência oficial do ex-presidente Juscelino Kubitschek. A estrutura foi feita toda em madeira, desenhada por Oscar Niemeyer e construída em apenas 10 dias.
Bartolomeu morreu com 85 anos, em junho. Segundo a família, a causa da morte foi infecção pulmonar e pneumonia.
Influenciadora Aline Silva
Influenciadora Aline Maria Ferreira morreu no DF após fazer cirurgia estética
Reprodução/Redes sociais
A influenciadora digital Aline Maria Ferreira da Silva postava fotos e vídeos nas redes sociais com conteúdo de moda, estilo de vida, viagens e dicas diárias. Ela somava mais de 43 mil seguidores.
Aline morreu em julho, aos 33 anos, após fazer um procedimento para aumentar os glúteos.
Grande nome do cinema no Brasil, Vladimir Carvalho morre aos 89 anos
Vladimir Carvalho, cineasta e documentarista, morre aos 89 anos em Brasília
O cineasta e documentarista Vladimir Carvalho assinou mais de 20 obras sobre política e história brasileira, que o levaram a se tornar um dos nomes mais importantes do cinema no país. Entre elas, “O País de São Saruê”, “Conterrâneos velhos de guerra” e “Barra 68”.
Vladimir ainda foi professor da Universidade de Brasília (UnB) por mais de 20 anos, criou a Associação Brasileira de Documentaristas e a Fundação Cinememória. Ele morreu aos 89 anos devido problemas renais.
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