Rodrigo Santos Andrade acumula 24 anos no sistema prisional paulista e também já atuou na Croeste, em Presidente Venceslau (SP), como analista do Núcleo de Inteligência e diretor do Grupo Regional de Ações de Movimentações e Informações, além de coordenador substituto. Rodrigo Santos Andrade foi nomeado diretor-geral da nova Polícia Penal do Estado de São Paulo
Murilo Antunes
O diretor-geral da nova Polícia Penal do Estado de São Paulo, Rodrigo Santos Andrade, que foi oficialmente nomeado para o cargo em publicação realizada nesta quarta-feira (1º), tem em seu currículo profissional um histórico de atuação na região de Presidente Prudente (SP).
Andrade, que tem 24 anos de carreira no sistema prisional paulista, ingressou como agente de segurança penitenciária em 2000, na Penitenciária de Iaras (SP).
No Oeste Paulista, ele foi diretor técnico III do Centro de Detenção Provisória (CDP) “Tácio Aparecido Santana”, em Caiuá (SP).
Na Coordenadoria de Unidades Prisionais da Região Oeste do Estado de São Paulo (Croeste), que tem sede em Presidente Venceslau (SP), Andrade foi analista do Núcleo de Inteligência e diretor técnico III do Grupo Regional de Ações de Movimentações e Informações, além de coordenador substituto.
Nessa trajetória, também teve cargos de gestão em Araraquara (SP), onde foi diretor do Núcleo de Segurança e Disciplina do Anexo de Detenção Provisória e diretor do Centro de Segurança e Disciplina da penitenciária local.
Ele é docente da Escola de Administração Penitenciária (EAP), desde 2007, nas disciplinas de Prática do Serviço Penitenciário, Técnicas Operacionais de Intervenção e Inteligência Penitenciária.
É formado em pedagogia, com pós-graduação em Inteligência Policial: Sistema Prisional e Segurança Pública e também em Gestão Prisional.
Já participou de 11 missões nacionais e internacionais, atuando como palestrante, professor e representante do Estado de São Paulo nas áreas de segurança e de inteligência penitenciárias, e recebeu 10 condecorações e menções honrosas.
O ano de 2025 marca o início da atuação da Polícia Penal do Estado de São Paulo.
Juntamente com Andrade, também foi nomeado no mesmo dia o diretor-geral-adjunto da corporação, Odirlei Arruda de Lima. Ele é servidor do sistema prisional paulista desde 2002, quando ingressou como agente de segurança na Penitenciária “Odon Ramos Maranhão”, em Iperó (SP). Ao longo de mais de duas décadas, trabalhou em unidades prisionais em Itapetininga (SP), Guareí (SP) e São Paulo (SP).
É bacharel em direito, com pós-graduação em Gestão Pública e em Jurisdição Penal Contemporânea e Sistema Prisional.
É docente na EAP e no Centro Universitário Adventista de São Paulo (Unasp).
Na EAP, leciona Legislação Aplicada à Atividade Penitenciária, Prática do Serviço Penitenciário, Criminologia e Política Criminal e Direito de Execução Penal, entre outras disciplinas, e, na Unasp, Legislação Aplicada à Atividade Penitenciária, Gestão Penitenciária e no MBA Política Criminal.
Também foi coordenador substituto da Coordenadoria de Unidades Prisionais da Região Central do Estado.
Carreiras unificadas
O governador Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos) sancionou em 26 de setembro de 2024 a lei que instituiu a Polícia Penal do Estado de São Paulo. A nova legislação unificou as carreiras de agente de segurança penitenciária (ASP) e de agente de escolta e vigilância penitenciária (AEVP) e estabeleceu a Polícia Penal como órgão permanente de segurança pública, equiparado ao mesmo patamar das polícias Civil, Militar e Técnico-Científica.
Com a unificação, os vencimentos da nova carreira de policial penal foram reajustados, representando aumentos de 23%, em relação aos antigos ASPs, e de 33% para os então AEVPs. Cargos de direção em diferentes níveis e funções de confiança também passaram a contar com remunerações maiores.
Para o secretário da Administração Penitenciária, Marcello Streifinger, a criação da Polícia Penal aprimora o sistema de segurança pública do Estado de São Paulo.
“Está nascendo uma nova polícia: moderna, organizada e bem estruturada. Os agentes penitenciários de São Paulo são referência nacional e, agora, como policiais penais, atuarão em parceria com as demais forças de segurança do estado em prol da garantia da segurança de todos os paulistas”, destacou Streifinger.
O ingresso na nova carreira será feito por meio de concurso público e os interessados deverão, obrigatoriamente, ter nível superior completo. Cursos de qualificação e especialização serão diferenciais considerados para a progressão na nova carreira.