Elmar Nascimento (União-BA), amigo pessoal e favorito de Arthur Lira (PP-AL), ficou para trás e, agora, o presidente da Câmara sinaliza apoio a Hugo Motta (Republicanos-PB). A corrida pela presidência da Câmara começou mais cedo neste ano, antes das eleições municipais, em outubro, com uma embolada nos nomes dos favoritos — o que rachou o centrão e fez partidos se rearranjarem.
Elmar Nascimento (União-BA), amigo pessoal e favorito de Arthur Lira (PP-AL), ficou para trás e, agora, o presidente da Câmara sinaliza apoio a Hugo Motta (Republicanos-PB). Motta, por sua vez, entrou na jogada ao ser lançado por Marcos Pereira (também do Republicanos-SP), que abdicou da própria candidatura.
“O que o presidente da Câmara, Arthur Lira, quis fazer ao antecipar a disputa? Ter bala na agulha enquanto ele tem poder de pauta para poder ter mais poder de barganha”, avalia Maria Cristina Fernandes, colunista do jornal Valor Econômico e comentarista da rádio CBN e da GloboNews.
Imagem de arquivo mostra a Câmara dos Deputados
Mário Agra/Câmara dos Deputados
Enquanto a eleição para a presidência da Câmara está marcada para fevereiro de 2025, o pleito municipal acontece em outubro deste ano.
Maria Cristina, que falou em entrevista ao podcast O Assunto desta quarta-feira (11), ressalta, entretanto, que a estratégia de Lira “não deixa de revelar uma certa fraqueza”, nas suas palavras.
“Porque ele passa recibo para o fato de que seu poder ele se esvai a cada dia sobre a pauta. Se ele tivesse seguro de tudo isso, ele já teria anunciado o seu apoio a a este novo candidato que surgiu.”
“O problema é que ele [Hugo Motta] não apareceu no pedaço pelas mãos do Lira, mas de um dos candidatos, que foi o deputado Marcos Pereira, que é o vice-presidente da mesa e presidente do Republicanos”, complementa.
Ouça a íntegra do episódio aqui.
O poder de Lira e a disputa na Câmara
Guerra e paz no Congresso
