VÍDEO: grupo de baloeiros pula portão e invade vila na Zona Oeste do Rio para recuperar artefato caído


Pelo menos 8 homens entram no condomínio atrás do balão. Prática é crime. RJ registra em 2024 o maior número de queimadas dos últimos 10 anos. Grupo de baloeiros pula portão e invade vila na Zona Oeste do Rio para recuperar artefato caído
Um grupo de baloeiros invadiu uma vila de casas na Freguesia, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, na noite de segunda-feira (9), a fim de resgatar um artefato caído — e ainda aceso — sobre um dos imóveis.
Nas imagens das câmeras de segurança, o bando chega parte a pé e parte em motos. Pelo menos 8 homens pulam o portão e correm pela rua interna até alcançar o balão. Por pouco um incêndio não começa.
Portão da vila acabou aberto
Reprodução/TV Globo
Segundo um morador, um dos invasores chegou a pedir calma.
“É inadmissível você estar na sua residência e um bando de 8 pessoas pular o portão para buscar um balão, o que por si só já é crime, e ver eles se vangloriando por isso.”
Outro considerou o episódio “uma cena de terror”. “Até entender do que se tratava… bem complicado. Fora o perigo de ter nas nossas casas esses balões. Ficamos bastante apavorados”, lembrou.
Desde 1998, fabricar, vender, transportar ou soltar balões é crime ambiental no Brasil. A pena é de detenção de 1 a 3 anos e multa de R$ 10 mil.
Recorde de queimadas
RJ registrou em 2024 o maior número de queimadas dos últimos 10 anos
Balões frequentemente provocam incêndios — e desde janeiro o RJ teve 760 queimadas, o maior número registrado nos últimos dez anos, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Só esse mês, foram 55 registros.
O resultado é uma fumaça de poluição no horizonte e uma pior qualidade do ar. A qualidade está, segundo o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), entre moderada e ruim.
A previsão é de que, pelo menos até o fim de semana, o céu fique mais azul. Mas o que realmente limpa a atmosfera está em falta, praticamente, no Brasil todo: a chuva.

“Hoje, a qualidade do ar do Rio de Janeiro a gente pode classificar como moderada, mas com a ausência da chuva e ondas de calor, a gente tende a ter uma piora na qualidade do ar”, comentou Vinicius de Oliveira, gerente de monitoramento ambiental da secretaria Municipal de Meio Ambiente.
O tempo seco, o calor, a poluição e a fumaça dos incêndios são um alerta: é preciso cuidar da saúde.
“Ingerir bastante água, refeições nutritivas sim, mas não volumosas, se proteger do sol e procurar lugares com vegetação, não fazer exercício físico de tarde ao ar livre, com menor umidade e maior temperatura. Pode usar umidificador, não muito, por uma horinha na parte de tarde, uma bacia com água pode ajudar; e nada de queimar lixo ou soltar balão, ninguém precisa de mais incêndio”, afirmou o pneumologista Leonardo Pessoa.
Queimadas em todo o Brasil afetam a qualidade do ar no Rio
Reprodução
Céu no Rio de Janeiro
Reprodução

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