Israel anuncia libertação de seis reféns do Hamas nesta semana


Governo israelense chegou a acordo com grupo terrorista após novas negociações durante cessar-fogo na guerra em Gaza. Foto divulgada pelo Gabinete de Imprensa do Governo Israelense (GPO) mostra parentes recebendo a refém israelense Doron Steinbracher (CR) no centro médico Sheba em Ramat Gan, perto de Tel Aviv, em 19 de janeiro de 2025, após um cessar-fogo e acordo de troca de reféns.
Maayan TOAF/GPO/AFP
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, anunciou na noite do domingo (26) que as negociações com o grupo terrorista Hamas estavam desbloqueadas, facilitando a libertação de três reféns na próxima quinta-feira e outros três no sábado, e que os deslocados da Faixa de Gaza vão ser autorizados a retornar para o norte do território.
“Após negociações intensas e determinadas, Israel recebeu do Hamas uma lista com a situação de todos os reféns” (vivos ou mortos) que poderiam ser libertados na primeira fase do acordo, informou o premiê.
Famílias palestinas deslocadas pelo conflito entre Israel e o Hamas começaram a retornar para o norte da faixa de Gaza na manhã desta segunda-feira (27), após a liberação de Israel.
Etapas do acordo de cessar-fogo
No dia 19 de janeiro, Israel e Hamas chegaram a um acordo que pode colocar um fim definitivo na guerra após mais de seis meses de negociações. As conversas foram mediadas por Estados Unidos, Catar e Egito.
Após ma semana em vigência, o acordo já permitiu que reféns tomados pelo Hamas voltassem para Israel. Agora, com a liberação de Israel nas vias do norte de Gaza, as famílias deslocada pelo conflito poderão retornar a seus locais de origem, mas sem portar armas.
A partir daí, tropas israelenses se retirarão do corredor Netzarim, a via principal de Gaza. A travessia de Rafah, entre o Egito e Gaza, voltará gradualmente a operar, permitindo a passagem de pessoas doentes para tratamento fora do enclave.
Será permitido o aumento da entrada de ajuda humanitária a Gaza. A expectativa é que 600 caminhões possam entrar por dia, o triplo do máximo atingido durante o conflito.
Nas semanas seguintes, devem ocorrer liberações periódicas pelos dois lados, até um total de 33 reféns israelenses — vivos ou mortos — e quase 2 mil palestinos (1.167 detidos em Gaza desde o início da guerra e 737 remanescentes detidos antes de 8 de outubro de 2023).
Na segunda etapa do acordo, que prevê a liberação de mais reféns e a retirada das tropas de Israel em Gaza.
Já a terceira e última fase do acordo prevê o estabelecimento de negociações sobre a reconstrução de Gaza, que poderia levar anos. Há, porém, um debate sobre quem governaria a região: Israel não aceita que seja o Hamas, que hoje controla o enclave.Devolução de todos os demais corpos de reféns.
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