Greve dos motoristas de ônibus: 48,1% da frota está circulando em João Pessoa; recomendação da Justiça é 60%


Informação é do sindicato das empresas de transporte. g1 procurou sindicato dos motoristas e Semob, mas não obteve resposta até o momento. Passageiros lotam Integração do Parque da Lagoa após greve dos motoristas de ônibus em João Pessoa
Reprodução/TV Cabo Branco
A frota de ônibus de João Pessoa tem 48,1% dos ôbinus circulando, nesta terça-feira (28), segundo dia da greve dos motoristas. A Justiça do Trabalho definiu que para a greve continuar, é necessário que pelo menos 60% da frota esteja funcionando.
A informação do percentual de ônibus circulando é do Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros (Sintur-JP). O g1 procurou o sindicato dos motoristas por aplicativo de mensagens, mas não obteve resposta até o momento.
A Superintendência de Mobilidade Urbana de João Pessoa (Semob-JP) ficou responsável por fiscalizar se o percentual de ônibus circulando está de acordo com o definido pela Justiça. Nesta terça-feira (28), o g1 procurou a Semob para confirmar se o percentual de ônibus circulando é o mesmo do dado divulgado pelo Sintur-JP, mas não havia obtido resposta até a última atualização.
Nesta segunda-feira (27), a Semob constatou que apenas 25,49% dos veículos estavam em operação até o meio-dia.
Greve dos motoristas de ônibus em João Pessoa: entenda por que paralisaram e quais são as reivindicações da categoria
Segundo dia da greve dos motoristas
Uma reunião de conciliação, presidida pela desembargadora Herminegilda Leite Machado, foi realizada na segunda (27) entre os representantes dos motoristas e das empresas de transporte, com a presença do procurador do trabalho, Márcio Roberto de Freitas Evangelista. No entanto, não houve acordo, e uma nova audiência foi agendada para quarta-feira (29). A desembargadora também determinou que os veículos em circulação sejam adesivados para facilitar a identificação e que a Semob fiscalize o cumprimento da decisão judicial.
A categoria pede um reajuste salarial de 15%, além da retomada do vale-alimentação, suspenso desde 2019. Outras exigências incluem:
Reajuste de 15% no piso salarial;
Aumento de 81% no valor do auxílio-alimentação;
Elevação de 150% na gratificação;
Inclusão de plano odontológico;
Plano de saúde.
As empresas de transporte ofereceram um reajuste de 5%, mas os motoristas consideraram a proposta insuficiente. Em contrapartida, o sindicato dos motoristas apresentou uma contraproposta de 6% de aumento, vale-alimentação no valor de R$ 570 e um adicional de R$ 150 para motoristas que também atuam como cobradores, mas a proposta foi rejeitada pelo sindicato patronal.
Vídeos mais assistidos do g1 Paraíba
Adicionar aos favoritos o Link permanente.