Trump quer relativizar soberania como fez com a democracia

Ainda que seja balão de ensaio, a fala de Trump é gravíssima por propor crime de guerra. Trump fez anúncio ao lado de Netanyahu, que é alvo de mandado de prisão pelo Tribunal Penal Internacional pelos crimes que cometeu na guerra em Gaza. O presidente dos Estados Unidos propõe um crime de guerra. Mesmo que seja um ensaio desumano e populista, a proposta representa a gravidade do que Donald Trump quer fazer com o mundo: moldar as leis do planeta às suas vontades.
As leis internacionais proíbem claramente qualquer guerra ou ocupação por anexação, como sugeriu Trump.
O presidente americano se usou de todos os simbolismos para dizer que não respeita leis. Sentou ao lado do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, que tem ordem de prisão emitida pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) por crimes de guerra e anunciou uma proposta que é crime de guerra. E anunciou o absurdo que chacoalha o mundo, que é assumir a faixa de Gaza.
Trump tenta relativizar as leis e o direito internacional assim como fez com a democracia. Disfarça crime criando espuma com sua “releitura” sobre soberania.
Soberania é algo pragmático, não é algo que pode ser moldado e alvo de interpretações de acordo com ideias populistas e de limpeza étnica. Assim como a democracia.
Trump é o líder que comandou as “reeleituras” sobre democracia feitas por seus seguidores políticos ao redor do mundo, que escondem decisões judiciais tomadas com o devido processo legal e chamam de perseguição, passando atacar juízes e ministros de supremas cortes. Quer estabelecer o mesmo com a soberania e enfrentará reações de todo o planeta.
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