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Irmãs entraram na casa do vizinho, que não estava no local, e foram encontradas mortas na noite de quinta-feira (6). Caso registrado como homicídio culposo aconteceu no Cidade Aracy. A Justiça concedeu liberdade provisória para a mãe das duas crianças que morreram afogadas na piscina de um vizinho, em São Carlos (SP), na quinta-feira (6). A audiência de custódia de Aparecida Aurea da Silva, de 39 anos, foi realizada na tarde desta sexta (7).
Ela chegou a ser presa em flagrante por homicídio culposo, quando não há intenção de matar. O g1 não conseguiu contato com a defesa dela até a última atualização da reportagem. (veja abaixo o que se sabe).
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Segundo o Tribunal de Justiça de São Paulo, a mulher deverá cumprir as seguintes medidas cautelares: não sair da comarca de São Carlos sem autorização judicial, comparecer mensalmente em juízo para informar e justificar suas atividades e manter endereço atualizado.
Os corpos das crianças serão enterrados na tarde desta sexta-feira (7), no Cemitério Nossa Senhora do Carmo.
O g1 reuniu 5 pontos sobre o que se sabe do caso:
Quando, onde e como os afogamentos aconteceram?
Como as crianças entraram na casa do vizinho?
Quem eram as irmãs que morreram afogadas?
O que a mãe disse sobre os afogamentos?
Qual a linha de investigação da Polícia Civil?
1 – Quando, onde e como os afogamentos aconteceram?
Piscina onde duas crianças morreram afogadas em São Carlos
Leandro Vicari/EPTV
O afogamento das crianças de 4 e 8 anos aconteceu na quinta-feira (6) na casa de um vizinho da mãe delas, na Rua Francisco Fernandes, no bairro Cidade Aracy.
A Polícia Civil foi chamada por volta das 19h20 depois que os corpos das irmãs foram encontrados boiando pelo dono da casa, que não estava no local no momento dos afogamentos.
O homem chamou a mãe e, segundo ele, a mulher aparentava estar embriagada ou sob efeito de drogas. A mãe se desesperou ao saber da morte das filhas e desmaiou.
2 – Como as crianças entraram na casa do vizinho?
Confira atualizações do caso em que duas irmãs morreram afogadas em São Carlos
Segundo o delegado Gilberto de Aquino, o portão do vizinho tem um gancho que permite a abertura pelo lado de fora. “Então provavelmente essas crianças podem ter aberto esse portão e adentrado na casa”.
As meninas estavam com a guarda provisória da avó paterna, que mora a duas quadras do local onde elas se afogaram. De acordo com a polícia, a mãe é usuária de drogas e perdeu a guarda das meninas. Contudo, ela sempre buscava as crianças na casa da avó e do pai, contrariando a ordem do Conselho Tutelar.
“A mãe acabava ofendendo, xingando a avó. Então, para evitar um transtorno maior, ela acabava deixando as crianças, mas ela sempre levava e depois devolvia”, disse Aquino.
3 – Quem eram as irmãs que morreram afogadas?
Crianças entraram na casa de vizinho e morreram afogadas em piscina em São Carlos
Leandro Vicari/EPTV
As irmãs que morreram afogadas foram identificadas como:
Maria Clara Aparecida da Silva Belarmino – 8 anos
Maria Helena Aparecida da Silva Belarmino – 4 anos
Os corpos das crianças foram levados para o Instituto Médico Legal (IML) para passar por exame necroscópico.
O velório teve início às 14h30 desta sexta e o sepultamento está marcado para 17h30, no Cemitério Municipal Nossa Senhora do Carmo, em São Carlos.
4 – O que a mãe disse sobre os afogamentos?
Em depoimento, a mãe, Aparecida Aurea da Silva, disse que a ideia era passar o dia com as meninas, mas alegou que elas foram embora após o almoço. Afirmou ainda que acompanhou e olhou as meninas saindo de casa e indo em direção a casa do pai e da avó, que fica a cerca de 2 quadras do local.
Mas, para a polícia, isso é uma contradição, já que as roupas das crianças foram encontradas secas dentro da casa da mãe. Isso indica que elas se despiram antes de ir para a piscina.
5 – Qual a linha de investigação da Polícia Civil?
Delegado fala sobre a morte por afogamento de duas crianças em São Carlos
Com a contradição da mãe, a Polícia Civil decidiu prendê-la em flagrante por homicídio culposo, quando não há intenção de matar. Foi estabalecida fiança de R$ 3 mil, que não foi paga. A mulher foi levada para o Centro de Triagem de São Carlos.
“Se houve negligência por parte da mãe, se ela não tomou cuidado que ela deveria ter tomado, ela pode responder por esse tipo de crime. Ela não tinha vontade desse resultado, mas ela assumiu o risco no momento em que ela deixou as crianças soltas, sabendo que poderiam entrar dentro dessa casa”.
Segundo o Tribunal de Justiça de São Paulo, a mulher teve liberdade provisória concedida em audiência de custódia e deverá cumprir as seguintes medidas cautelares: não sair da comarca de São Carlos sem autorização judicial, comparecer mensalmente em juízo para informar e justificar suas atividades e manter endereço atualizado.
O g1 não conseguiu localizar a defesa dela até a última atualização da reportagem.
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