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De acordo com a Polícia Civil, a operação deflagrada nesta terça-feira (11) tem como objetivo desarticular um esquema ilegal de rifas na região. Suspeitos de exploração de rifas ilegais e lavagem de dinheiro são alvos de operação em São José e Jacareí
Divulgação/Polícia Civil
A Polícia Civil realiza nesta terça-feira (11) uma operação contra a exploração de rifas ilegais e lavagem de dinheiro em São José dos Campos e Jacareí, no interior de São Paulo.
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A operação, que recebeu o nome de ‘Fraude Premiada’, tem como alvo pessoas suspeitas de promoverem as rifas ilegais na região e empresários são apontados como ajudantes do esquema financeiro.
De acordo com a 1ª Delegacia de Investigações Gerais (DIG), da Polícia Civil, a operação teve como objetivo cumprir oito mandados de busca e apreensão em endereços ligados aos suspeitos e sedes de empresas envolvidas no esquema criminoso.
Até às 8h, os policiais já haviam apreendido documentos, aparelhos eletrônicos, veículos de luxo e valores em espécie. Todo o material será usado na sequência das investigações contra os suspeitos e para identificar outros participantes.
Suspeitos de exploração de rifas ilegais e lavagem de dinheiro são alvos de operação em São José e Jacareí
Divulgação/Polícia Civil
O esquema criminoso
Segundo a Polícia Civil, a investigação teve início após a identificação de perfis usados nas redes sociais para a promoção e comercialização de rifas ilegais.
Um dos suspeitos identificados pela polícia faz sorteios irregulares no Instagram, prometendo a distribuição de prêmios de alto valor, sem autorização legal. Além disso, chamou atenção da polícia o fato de que o homem ostenta carros de luxo e estilo de vida de alto padrão nas redes sociais, o que é incompatível com a renda declarada por ele.
Ainda segundo a Polícia Civil, o suspeito faz parte de um esquema criminoso que utiliza os sorteios da Loteria Federal como referência para dar ao esquema uma aparência de legitimidade.
“A definição dos vencedores era baseada na combinação dos números sorteados nos concursos oficiais, simulando a credibilidade das loterias regulamentadas e induzindo os participantes a acreditarem na legalidade do sistema. Além disso, verificou-se que os organizadores estruturavam as rifas de forma a explorar frações dos demais prêmios da Loteria Federal. Esse mecanismo permitia ampliar significativamente o volume de apostas, maximizando os lucros da organização criminosa e fragmentando a distribuição de um número maior de números a serem disponibilizados à coletividade lesada”, explica a polícia.
Outro fator descoberto pela polícia foi que alguns dos ganhadores das rifas promovidas pelo grupo nas redes sociais são amigos pessoais dos suspeitos, o que indica a manipulação dos resultados.
“Esse elemento reforça a tese de que as rifas ilegais não apenas serviam para arrecadar recursos de forma irregular, mas também eram operadas de maneira fraudulenta, conferindo prêmios a pessoas previamente escolhidas, em detrimento dos demais participantes.”
As investigações mostraram que as rifas são operadas sem regulamentação legal, o que configura contravenção penal, e que as transferências dos recursos levantados com as rifas têm ainda indícios de lavagem de dinheiro.
“Esse tipo de serviço tem sido frequentemente utilizado como meio de ocultação e dissimulação de movimentações financeiras ilícitas, dificultando o rastreamento de valores provenientes de crimes como jogos de azar e fraudes financeiras.”
Os policiais descobriram também a participação de um empresário do ramo de compra e venda de automóveis. Ele é apontado como responsável por figurar como proprietário dos carros de luxo dos suspeitos envolvidos no esquema.
O objetivo é ocultar patrimônio e mascarar a origem ilícita do dinheiro usado na compra dos veículos, além de dificultar a atuação da polícia na identificação dos verdadeiros donos desses bens.
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