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No dia anterior, a moeda norte-americana recuou 0,13%, cotada a R$ 5,7854. Já o principal índice acionário da bolsa de valores brasileira encerrou em alta de 0,76%, aos 125.572 pontos. Dólar
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O dólar inicia o pregão desta terça-feira (11), com investidores repercutindo a divulgação de novos dados da inflação brasileira.
No cenário externa, o mercado continua repercutindo a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de tarifar em 25% todas as importações de aço e alumínio que chegam ao país.
Esse anúncio causa incertezas econômicas tanto sobre os países exportadores quanto sobre o próprio EUA, que pode sofrer com a inflação alta.
Veja abaixo o resumo dos mercados.
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Dólar
. Veja mais cotações.
No dia anterior, a moeda americana teve baixa de 0,13%, cotada a R$ 5,7854.
Com o resultado, acumulou:
queda de 0,13% na semana;
recuo de 0,89% no mês; e
perdas de 6,38% no ano.
a
Ibovespa
O Ibovespa começa a operar às 10h.
Na véspera, o índice teve alta de 0,76%, aos 125.572 pontos.
Com o resultado, acumulou:
alta de 0,76% na semana;
queda 0,45% no mês;
ganho de 4,40% no ano.
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O que está mexendo com os mercados?
O mercado repercute a divulgação da inflação brasileira de janeiro.
Além disso, investidores analisam, também, os impactos das tarifas anunciadas nos EUA. Na noite desta segunda-feira (10), depois de antecipar o assunto na véspera, Donald Trumo assinou um decreto que impõe tarifas de 25% para todas as importações de aço e alumínio para o país a partir de 4 de março.
A medida, que pode atingir em cheio o setor de siderurgia de países como México, Canadá e Brasil, faz parte de uma das principais promessas de campanha de Trump: a taxação de produtos estrangeiros para priorizar a indústria norte-americana.
“Nossa nação precisa que o aço e o alumínio permaneçam na América, não em terras estrangeiras. Precisamos criar para proteger o futuro ressurgimento da manufatura e produção dos EUA, algo que não se vê há muitas décadas”, disse Trump.
“Este é o primeiro de muitos. E você sabe o que quero dizer com isso? Outros assuntos, tópicos, proteger nossas indústrias de aço e alumínio é essencial. Simplificando: nossas tarifas sobre aço e alumínio, para que todos possam entender exatamente o que é: 25%, sem exceções. E isso vale para todos os países, não importa de onde venha.”
As tarifas de Trump geram um clima de incertezas e cautela por todo o mundo por dois principais motivos: os impactos comerciais e econômicos para os exportadores e a pressão sobre os preços dentro dos EUA — que pode se estender por todo o mundo.
Diante da preocupação, autoridades de diversos países se prosicionaram.
Na Coreia do Sul, o Ministério da Indústria convocou siderúrgicas para discutir como minimizar os impactos das tarifas para as empresas. Já na Europa, a Comissão Europeia afirmou “não ver justificativa” para a tarifação e assegurou que vai reagir.
O ministro da Economia da Alemanha, Robert Habeck, afirmou que a Europa “pode e deve reagir unida e decisivamente contra as restrições tarifárias unilaterais” e destacou que a região “está preparada para isso”.
No Brasil, a postura do governo foi mais cautelosa diante das ameaças do presidente dos EUA. Tanto o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, quanto o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, manifestaram a necessidade de diálogo em relação às tarifas.
Segundo o blog da Ana Flor, o anúncio não pegou o governo de surpresa e, por enquanto, a orientação é não responder imediatamente com a regra da reciprocidade, mas primeiro analisar o impacto.
Além de afetar as empresas exportadoras de aço e alumínio, que podem ter uma queda nas vendas, há preocupação no mercado sobre a pressão inflacionária que a implementação dessas tarifas causaria na maior economia do mundo, o que pode atrasar a redução dos juros no país.
Dirigentes do Fed afirmaram que a instituição não tem pressa em reduzir os juros e que observará atentamente os desdobramentos do cenário político e econômico. Atualmente, os juros americanos estão entre 4,25% e 4,50% ao ano, com o objetivo de reduzir a inflação anual, que está em 2,9%, para a meta de 2%.
Juros elevados também aumentam o rendimento dos títulos públicos dos EUA, considerados os mais seguros do mundo, o que tende a provocar uma migração de capital estrangeiro para o país e pode fortalecer o dólar em relação a outras moedas.
Dólar mais caro também impacta a inflação em todo o mundo, já que esta é a principal moeda para as negociações comerciais e pode pressionar os preços principalmente das commodities, como combustíveis e alimentos.