‘Operação Embuste’ busca cumprir oito mandados de prisão temporária e oito, de busca e apreensão, nesta quarta-feira (11). Uma das vítimas da quadrilha chegou a perder R$ 650 mil, em 2021. A Polícia Civil realizou na manhã desta quarta-feira (11) a segunda fase da “Operação Embuste”, contra uma quadrilha especializada em aplicar o “golpe do novo número” na região de Ribeirão Preto (SP). O grupo, segundo as investigações, contava com ajuda de correntistas para cometer os crimes.
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Ao todo, a operação buscou cumprir nesta quarta, em Ribeirão e Serrana (SP) oito mandados de prisão temporária de intermediários da organização criminosa, além de oito mandados de busca e apreensão. Até a última atualização desta reportagem, seis pessoas já haviam sido presas, sendo três homens e três mulheres.
Segundo a polícia, em um primeiro momento, as investigações concluíram que correntistas cediam ou alugavam contas bancárias para que os criminosos pudessem fazer saques ou transferências do dinheiro obtido através dos golpes.
Essa conclusão motivou a primeira fase da operação, em janeiro de 2022, quando foram cumpridos 28 mandados de prisão temporária e 35 mandados de busca e apreensão.
Já em um segundo momento, em posse de dados apreendidos na primeira fase e dos depoimentos dos suspeitos presos, a Polícia Civil identificou os possíveis intermediários da quadrilha, que são aqueles responsáveis por recrutar os correntistas.
Esses correntistas entravam no esquema cientes dos golpes, destacou a polícia.
“[Os intermediários] São as pessoas que aliciam essas contas bancárias, oferecem esse dinheiro. Nosso objetivo principal é chegar ao golpista, naquela pessoa que conseguiu iludir a vítima para transferir esses valores”, explica o delegado Rodolfo Latif Sebba.
Os investigados devem responder pelos crimes de estelionato e associação criminosa.
Suspeitos de aliciar correntistas para golpe do ‘novo número’ são presos em Ribeirão Preto
Samuel Santos/Rádio CBN Ribeirão
‘Golpe do novo número’
Ainda de acordo com as investigações, o golpe funciona da seguinte maneira:
Suspeito simulava ser parente ou amigo da vítima, dizendo, através de um número de telefone diferente, que necessitava de transferência e tinha informações sobre ela;
Após conseguir receber o dinheiro, suspeito pulverizava em outras contas.
Uma das vítimas da quadrilha chegou a perder R$ 650 mil em transferências bancárias e Pix entre os dias 24 de setembro e 2 de outubro de 2021 depois que uma pessoa entrou em contato pelo WhatsApp dizendo que era seu irmão e que tinha mudado de número.
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