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Na porta, um cartaz avisa que a Igreja de Nossa Senhora da Boa Viagem está fechada. O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional fez duas vistorias essa semana e interditou o prédio e o convento. Iphan interdita outra igreja de Salvador que corre risco de desmoronar
Oito dias depois do desabamento do teto da Igreja de São Francisco, outro patrimônio de Salvador foi interditado.
Na porta, um cartaz avisa que a Igreja de Nossa Senhora da Boa Viagem está fechada. O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional fizeram duas vistorias essa semana e decidiram interditar o prédio. Fotos mostram as condições precárias da estrutura.
“A recomendação foi que a gente evacuasse de imediato, pois corre um risco do telhado… e devido a isso a gente tem que zelar pela vida das pessoas que vinham à paróquia, principalmente os idosos”, diz Carlene Souza, membra da coordenação paroquial da Igreja da Boa Viagem.
Fotos mostram as condições precárias da estrutura da Igreja de Nossa Senhora da Boa Viagem
Reprodução/TV Globo
A igreja foi construída em 1743 e tombada pelo Iphan em 1938. Na fachada, azulejos portugueses reproduzem o brasão da ordem franciscana. A igreja guarda a imagem de Bom Jesus dos Navegantes — a festa em homenagem a ele é uma das mais populares de Salvador.
A Bahia tem 69 igrejas tombadas pelo Iphan. Dessas, 30 estão localizadas em Salvador. Segundo a Arquidiocese, pelo menos 8 delas precisam ser restauradas.
O projeto de restauração da Igreja de Nossa Senhora da Boa Viagem já foi encaminhado para o Iphan e Ministério da Cultura. A paróquia aguarda os recursos para dar início à execução das obras.
“A nossa necessidade que haja uma aceleração desse início de obras para que se possa ter uma segurança de que a coisa está acontecendo e que não vai ruir o patrimônio, porque é muito mais fácil manter do que restaurar, consertar, recuperar”, afirma o padre Edílson Bisco Conceição, coordenador da Comissão Arquidiocesana de Bens Culturais.
Após desabamento do teto da Igreja de São Francisco, Iphan interdita outra igreja de Salvador que corre risco de desmoronar
Reprodução/TV Globo
Na semana passada, Giulia Panchoni Righetto, de 26 anos, que visitava Salvador, morreu e outras cinco pessoas ficaram feridas depois que parte do teto da Igreja de São Francisco de Assis desabou. O caso chamou atenção para o estado de conservação das igrejas históricas do país.
“O Iphan sempre fiscalizou os bens tombados… O que nós temos feito agora é integrar mais essas ações com a Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros, porque nós temos, em alguns desses bens, situações que carecem também da intervenção desses outros órgãos”, destaca Leandro Grass, presidente do Iphan.
Teto da Igreja de São Francisco de Assis desabou
Reprodução/TV Globo
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