Situação ocorre quando há formação de um coágulo sanguíneo em uma artéria. Geovana Gessner (MDB) precisou ser internada em UTI. Geovana Gessner
Prefeitura de Trombudo Central/Divulgação
A trombose arterial, doença que fez com que a prefeita de uma cidade do Vale do Itajaí, em Santa Catarina, precisasse amputar a perna ocorre quando há formação de um coágulo sanguíneo em uma artéria. O controle da pressão e a prática de atividades físicas estão entre as medidas preventivas, conforme a Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV) (veja mais abaixo).
A cirurgia da prefeita de Trombudo Central, Geovana Gessner (MDB), de 39 anos, foi feita na segunda-feira (23).
O boletim da família mais recente sobre a saúde dela era da tarde de terça (24). As informações são que ela está internada em Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
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Quais os principais fatores de risco para a trombose arterial?
Os principais fatores de risco para esse tipo de trombose são semelhantes aos das doenças cardiovasculares, segundo o angiologista, cirurgião vascular e presidente da SBACV, doutor Armando Lobato. Eles incluem:
Idade avançada: O risco de trombose arterial aumenta com o envelhecimento;
Tabagismo: Fumar danifica o revestimento dos vasos sanguíneos, favorecendo a formação de coágulos;
Hipertensão arterial: Pressão alta pode lesionar as artérias, promovendo o acúmulo de placas ateroscleróticas;
Diabetes: O diabetes, especialmente se não controlado, aumenta a predisposição ao entupimento arterial e à formação de coágulos;
Colesterol alto: Níveis elevados de LDL (colesterol “ruim”) podem levar ao acúmulo de placas nas paredes arteriais;
Sedentarismo: A falta de atividade física contribui para fatores de risco como obesidade e hipertensão;
Obesidade: O excesso de peso está associado a vários fatores de risco, como aumento da pressão arterial, colesterol elevado e diabetes;
Histórico familiar: Pessoas com familiares que tiveram eventos trombóticos, como infarto ou AVC, possuem maior risco;
Doenças cardíacas: Condições como fibrilação atrial podem levar à formação de coágulos no coração, que podem migrar e causar trombose arterial.
O que causa a trombose arterial?
“A trombose arterial é causada principalmente pelo desenvolvimento de placas ateroscleróticas (aterosclerose) nas paredes das artérias. Esses depósitos de gordura endurecem ao longo do tempo e podem romper. Quando isso ocorre, o corpo interpreta a ruptura como uma lesão e inicia o processo de coagulação no local, formando um coágulo”, explicou o presidente.
O problema é se esse coágulo crescer o suficiente para bloquear o fluxo sanguíneo em uma artéria, o que resulta em trombose.
Outros fatores que contribuem são lesões nas artérias, inflamações e a presença de condições como a síndrome antifosfolipídica, que aumenta a tendência à formação de coágulos.
Como prevenir a trombose arterial?
A prevenção da trombose arterial envolve o controle dos fatores de risco, de acordo com o presidente. As principais medidas incluem:
🚭Parar de fumar: Cessar o tabagismo é uma das atitudes mais eficazes para reduzir o risco;
🎚️Controlar a pressão arterial: Medir regularmente e tratar a hipertensão com medicamentos e mudanças no estilo de vida;
😄Manter o colesterol em níveis adequados: Seguir uma dieta equilibrada, rica em frutas, vegetais e com baixo teor de gorduras saturadas;
🚴Praticar atividade física: Exercícios regulares melhoram a circulação sanguínea e ajudam no controle do peso;
🩸Controlar o diabetes: Diabéticos devem monitorar rigorosamente os níveis de glicose e seguir as orientações médicas;
🚶Manter um peso saudável: O controle do peso diminui a sobrecarga no sistema cardiovascular;
💊Uso de medicamentos: Em alguns casos, o médico pode prescrever antiplaquetários (como aspirina) ou anticoagulantes para reduzir o risco de coágulos.
A quais sinais a pessoa deve ficar atenta para a trombose arterial?
Os sinais de trombose arterial variam conforme o local afetado. O presidente disse que é importante estar atento aos seguintes sintomas:
Dor súbita e intensa em um membro: Especialmente nas pernas ou braços, pode indicar bloqueio arterial;
Pele pálida, fria e com pouca sensibilidade: Sugere comprometimento da circulação sanguínea;
Falta de pulsos nas extremidades: Indica interrupção do fluxo sanguíneo;
Dor no peito: Pode ser um sinal de trombose nas artérias coronárias, levando a um infarto;
Fraqueza súbita, dificuldade para falar ou confusão mental: Podem ser sinais de AVC, causado por trombose nas artérias que irrigam o cérebro.
“Mesmo sem sintomas graves, pessoas com fatores de risco devem consultar regularmente um angiologista ou cirurgião vascular para avaliar a saúde arterial e prevenir complicações”, recomendou o presidente.
Caso da prefeita
A Prefeitura de Trombudo Central confirmou que o caso da prefeita é de trombose arterial. De acordo com o boletim das 15h30 de terça, ela estava na UTI sob cuidados intensivos e sedada, porém com sinais de melhora da sua pressão arterial e sem febre.
Ela segue fazendo exames para confirmar o estado de saúde e os próximos passos para a melhora clínica da paciente. A gestora pública está em um hospital de Rio do Sul, também no Vale do Itajaí.
O objetivo é que ela evolua positivamente a cada dia até que a sedação seja minimizada e ela esteja em condições de receber os demais tratamentos necessários. O risco e a gravidade do caso ainda estão presentes.
Geovana foi reeleita nas últimas eleições e não é candidata neste ano. Segundo o município, a prefeita passou por algumas cirurgias ao longo do ano por causa da trombose. Na última sexta-feira, ela apresentou complicações nas pernas e foi hospitalizada.
Geovana já foi vereadora do município, é casada e tem uma filha pequena.
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