Denúncias sobre esses temas ficarão para ‘outra etapa’. Material desta terça afirma que Bolsonaro sabia do plano para assassinar autoridades e mandou alterar relatório da Defesa sobre urnas. A Procuradoria-Geral da República decidiu encaminhar nesta terça-feira (19) ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma denúncia “fatiada” contra os citados no inquérito do golpe.
As condutas descritas nessa primeira fase descrevem uma tentativa de ruptura para evitar a posse de Luiz Inácio Lula da Silva e garantir uma intervenção militar que mantivesse Bolsonaro no poder.
Outras investigações, como da venda das joias e da falsificação do cartão de vacina, ficaram para outra etapa. A avaliação da equipe do procurador-geral Paulo Gonet é de que as provas de uma tentativa de golpe no país eram as mais robustas para garantir uma denúncia sólida.
Nos demais casos, há até a possibilidade de arquivamento de investigações em relação a algumas pessoas citadas nas investigações da Polícia Federal. A denúncia coloca Bolsonaro e Braga Netto como líderes da organização criminosa.
PGR denuncia Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado
No documento, a PGR aponta o ex-presidente como responsável por desenvolver uma trama golpista durante seu mandato desde junho de 2021.
A trama envolveria a construção de um discurso e de ações para desacreditar as instituições democráticas e as urnas eletrônicas, com tentativas de criar artificialmente fraudes no sistema eleitoral para tentar anular as eleições.
Fracassada essa etapa, o grupo ligado a Bolsonaro decidiu arquitetar um plano que poderia inclusive levar ao assassinato de Lula, Alckmin e Alexandre de Moraes. Segundo a denúncia, por sinal, Bolsonaro tinha ciência deste plano.
Em sua denúncia, a PGR destaca que o desejo de Bolsonaro desde o início foi tentar anular as eleições caso ele perdesse a disputa.
Tanto que, depois de informado pelo então ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, de que sua equipe não havia encontrado nenhuma fraude nas eleições, o ex-presidente mandou o auxiliar alterar o relatório que seria enviado ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para dizer que não havia condições de apontar que não havia ocorrido uma fraude.
Além disso, o documento encaminhado ao STF relata que a reunião de Kids pretos na casa do general Braga Netto tinha o objetivo de criar um caos social para justificar uma intervenção militar, a anulação das eleições e prender ministros do tribunal eleitoral.
Bolsonaro liderava ‘núcleo crucial’ do golpe, segundo a PGR
A cena é relatada na delação do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, cujo teor pode ser divulgado assim que a denúncia for aceita.
A expectativa é que em março a primeira turma do STF decida se acata ou não a denúncia. Antes, o relator do inquérito, ministro Alexandre de Moraes, abrirá um prazo de quinze para a defesa contestar a denúncia do procurador-geral.
O Supremo quer encerrar esse julgamento ainda neste ano, para evitar que ele adentre 2026, ano da eleição presidencial.
As condutas descritas nessa primeira fase descrevem uma tentativa de ruptura para evitar a posse de Luiz Inácio Lula da Silva e garantir uma intervenção militar que mantivesse Bolsonaro no poder.
Outras investigações, como da venda das joias e da falsificação do cartão de vacina, ficaram para outra etapa. A avaliação da equipe do procurador-geral Paulo Gonet é de que as provas de uma tentativa de golpe no país eram as mais robustas para garantir uma denúncia sólida.
Nos demais casos, há até a possibilidade de arquivamento de investigações em relação a algumas pessoas citadas nas investigações da Polícia Federal. A denúncia coloca Bolsonaro e Braga Netto como líderes da organização criminosa.
PGR denuncia Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado
No documento, a PGR aponta o ex-presidente como responsável por desenvolver uma trama golpista durante seu mandato desde junho de 2021.
A trama envolveria a construção de um discurso e de ações para desacreditar as instituições democráticas e as urnas eletrônicas, com tentativas de criar artificialmente fraudes no sistema eleitoral para tentar anular as eleições.
Fracassada essa etapa, o grupo ligado a Bolsonaro decidiu arquitetar um plano que poderia inclusive levar ao assassinato de Lula, Alckmin e Alexandre de Moraes. Segundo a denúncia, por sinal, Bolsonaro tinha ciência deste plano.
Em sua denúncia, a PGR destaca que o desejo de Bolsonaro desde o início foi tentar anular as eleições caso ele perdesse a disputa.
Tanto que, depois de informado pelo então ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, de que sua equipe não havia encontrado nenhuma fraude nas eleições, o ex-presidente mandou o auxiliar alterar o relatório que seria enviado ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para dizer que não havia condições de apontar que não havia ocorrido uma fraude.
Além disso, o documento encaminhado ao STF relata que a reunião de Kids pretos na casa do general Braga Netto tinha o objetivo de criar um caos social para justificar uma intervenção militar, a anulação das eleições e prender ministros do tribunal eleitoral.
Bolsonaro liderava ‘núcleo crucial’ do golpe, segundo a PGR
A cena é relatada na delação do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, cujo teor pode ser divulgado assim que a denúncia for aceita.
A expectativa é que em março a primeira turma do STF decida se acata ou não a denúncia. Antes, o relator do inquérito, ministro Alexandre de Moraes, abrirá um prazo de quinze para a defesa contestar a denúncia do procurador-geral.
O Supremo quer encerrar esse julgamento ainda neste ano, para evitar que ele adentre 2026, ano da eleição presidencial.