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No dia anterior, a moeda norte-americana recuou 0,38%, cotada a R$ 5,7043. Já o principal índice da bolsa de valores encerrou em alta de 0,23%, aos 127.601 pontos. Dólar
Karolina Grabowska/Pexels
O dólar inicia o pregão desta sexta-feira (21) com investidores de olho em novos dados da economia dos Estados Unidos, com destaque para a percepção dos empresários sobre a indústria e o grau confiança dos consumidores na atividade do país.
Veja abaixo o resumo dos mercados.
Em meio a decretos de Trump elevando tarifas, veja principais itens do comércio entre Brasil e EUA e as tarifas cobradas
Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair
Dólar
. Veja mais cotações.
No dia anterior, a moeda americana teve baixa de 0,38%%, cotada a R$ 5,7043.
Com o resultado, acumulou:
alta de 0,15% na semana;
recuo de 2,28% no mês; e
perdas de 7,69% no ano.
a
Ibovespa
O Ibovespa começa a operar às 10h.
Na véspera, o índice teve alta de 0,23%, aos 127.601 pontos.
Com o resultado, acumulou:
queda de 0,48% na semana;
ganho de 1,17% no mês;
alta de 6,09% no ano.
O que está mexendo com os mercados?
As ameaças tarifárias do presidente dos EUA, Donald Trump, voltaram a chamar atenção nesta quinta-feira (20). Trump voltou a afirmar que pretende anunciar mais tarifas “no próximo mês ou antes”, mas o destaque foi dado a um possível acordo comercial com a China.
Essas declarações sugerem que as ameaças tarifárias feitas por Trump desde o início de seu mandato são mais uma tática de negociação do que um plano concreto
Isso traz certo alívio quanto aos impactos das tarifas na inflação dos EUA e faz o dólar perder força. Esse movimento representa uma correção após as altas recentes da moeda americana, que ocorreram por conta dos temores de mudanças nos acordos geopolíticos e comerciais.
As últimas tarifas anunciadas por Trump à China, de 10% sobre produtos importados, continuam em vigor. Outras medidas foram suspensas ou ainda estão distantes da data de ativação, o que abre espaço para negociações.
Enquanto as negociações se desenrolam, o mercado segue atento ao Federal Reserve (Fed), banco central dos EUA, que divulgou a ata de sua última reunião. Na ocasião, o comitê manteve a taxa básica de juros do país inalterada, entre 4,25% e 4,50% ao ano.
O documento indicou que as propostas de Trump nos primeiros dias de governo já trouxeram preocupações sobre uma possível alta da inflação, com empresas dizendo ao Fed que esperam aumentar os preços para repassar aos consumidores os custos das tarifas de importação.
“Em particular, os participantes citaram os possíveis efeitos de potenciais mudanças na política comercial e de imigração, a possibilidade de que os acontecimentos geopolíticos perturbem as cadeias de suprimentos ou gastos das famílias mais fortes do que o esperado”, diz a ata.
Os dirigentes do Fed também destacaram que alguns indicadores de expectativas de inflação, uma das maiores preocupações da instituição, “haviam aumentado recentemente”, reforçando a ideia de que será necessário manter os juros elevados por mais tempo.
A inflação anual nos EUA atingiu 3,0% em janeiro, enquanto a meta do Fed é de 2,0%, os preços continuam sendo pressionados por um mercado de trabalho resiliente, com baixa taxa de desemprego, e a economia aquecida — o que gera maior demanda por bens e serviços e gera inflação.
A inflação anual nos EUA atingiu 3% em janeiro. A meta do Fed é de 2%. Os preços continuam sendo pressionados por um mercado de trabalho mais forte e pela economia aquecida — que geram maior demanda por bens e serviços e, consequentemente, mais pressão na inflação.
Na agenda de indicadores, o destaque foi para os novos dados de pedidos de auxílio-desemprego nos EUA. Segundo o Departamento de Trabalho do país, o número de solicitações teve uma leve alta de 5 mil na semana passada, totalizando 219 mil pedidos.
O número ficou acima do esperado pelos analistas, que previam 215 mil solicitações, mas ainda representa um mercado de trabalho sólido nos EUA, o que reforça a expectativa de juros mais altos por mais tempo por parte do Fed.
Lula: Bolsonaro deveria provar inocência, não pedir anistia
Agenda macroeconômica e cenário doméstico
Por aqui, o mercado ficou atento às novas declarações do presidente Lula sobre a alta nos preços dos alimentos no país. O petista afirmou que o aumento se deve a problemas climáticos, e que fará uma reunião com empresários para discutir o valor dos produtos no mercado interno.
“O preço vai baixar, eu tenho certeza que a gente vai conseguir fazer com que o preço volte aos padrões do poder aquisitivo do trabalhador”, afirmou.
O presidente também comentou que o ex-presidente Jair Bolsonaro está defendendo a anistia aos acusados de cometer atentados contra o Estado democrático de direito e de tramarem um golpe de Estado. Na visão de Lula, essa defesa é uma confissão de culpa.
“As pessoas que ficam querendo antecipar uma discussão sobre anistia estão acusando. Quando o ex-presidente fica pedindo anistia, está provando que é culpado, que cometeu crime. Ele deveria estar falando ‘vou provar minha inocência'”, disse Lula em entrevista à Rádio Tupi, do Rio de Janeiro.
Na terça-feira (18), a Procuradoria-Geral da República denunciou Bolsonaro pela tentativa de golpe de Estado em 2022. Nesse cenário, ainda no âmbito político, também ficou no radar a divulgação dos vídeos da delação premiada de Mauro Cid.
Na economia brasileira, uma série de resultados corporativos estava no radar do mercado. Na véspera, a Vale reportou um prejuízo líquido de US$ 694 milhões (aproximadamente R$ 4 bilhões). No mesmo período do ano anterior, a empresa havia reportado um lucro de US$ 2,4 bilhões (R$ 13,7 bilhões).
Com base nos resultados, a Vale aprovou US$ 1,984 bilhão (R$ 11,3 bilhões) em dividendos e juros sobre capital próprio, que serão pagos em março de 2025.