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Especialista da Santa Casa de Maceió destaca a importância da atenção aos sinais e aos sintomas No último dia 15 de fevereiro foi celebrado o Dia Internacional de Luta contra o Câncer Infantil. A data busca sensibilizar a sociedade sobre a importância do diagnóstico precoce e a luta contra essa doença que, embora rara, é a principal causa de morte entre crianças e adolescentes de 1 a 19 anos no Brasil.
Santa Casa
Santa Casa de Misericórdia de Maceió
A Santa Casa de Maceió, com sua unidade de Oncologia Pediátrica, desempenha um papel fundamental no tratamento especializado dessa condição, sendo a única instituição em Alagoas a oferecer atendimento voltado para o câncer infantojuvenil.
A coordenadora da Oncologia Pediátrica da Santa Casa Farol, Alessandra Lamenha, destaca a importância da atenção aos sinais e sintomas do câncer infantil. “É uma data muito importante, porque tentamos conscientizar toda a população, toda a sociedade sobre o diagnóstico precoce. O câncer é uma doença que, muitas vezes, é difícil de ser diagnosticada devido à semelhança com outras doenças comuns na infância”, explica Alessandra.
A dificuldade em identificar o câncer infantil nos estágios iniciais é um desafio que persiste. “A criança não inventa sintomas. Se ela está sentindo algo diferente, ela vai comunicar aos pais ou responsáveis, e é crucial que esses sintomas sejam valorizados”, afirma a oncologista.
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Entre os tumores mais comuns estão os linfomas, que afetam os gânglios linfáticos, e os tumores cerebrais, linfoproliferativos e abdominais, como os renais e os da glândula suprarrenal. Nos adolescentes, os sarcomas ósseos ganham destaque, enquanto nos bebês, o retinoblastoma, um tumor na retina, pode ser diagnosticado logo após o nascimento.
A chave para a cura está no diagnóstico precoce. “A taxa de cura no Brasil é de cerca de 65%, mas o objetivo é alcançar 80%, como em países desenvolvidos, onde o diagnóstico é feito mais rapidamente”, ressalta Alessandra Lamenha.
Dentre os protocolos implantados na Santa Casa de Maceió para o tratamento de crianças e adolescentes com câncer está o Hora Dourada, que visa a administração de antibióticos a pacientes que chegam ao hospital com febre, nos primeiros 60 minutos.
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Em um ano, o projeto aumentou em 75% a administração de antibióticos na primeira hora de chegada ao hospital e diminuiu em 90% o número de internações na UTI Pediátrica.
O Hora Dourada é um projeto colaborativo com o Hospital St. Jude, de Memphis, nos Estados Unidos, e com a Aliança Amarte.
Artur Gomes Neto
Diretor Técnico Médico
CRM-AL 2503/RQE 1874
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