Conhecido como ‘Xapa Xana’, óleo vaginal é ilegal no Brasil e custava mais de R$ 900. Comercialização era feita pelas redes sociais e entrega pelos Correios. Lubrificante vaginal feito com maconha apreendido no DF
Polícia Civil do DF
Na terça-feira (24), a Polícia Civil do Distrito Federal prendeu um grupo suspeito de prescrever derivados da maconha para humanos e animais de estimação. Segundo a investigação, um dos produtos mais vendidos pelos traficantes era um lubrificante vaginal feito a base de cannabis, conhecido como “Xapa Xana”, que é ilegal no Brasil.
O frasco do óleo custava R$ 929. Ele era vendido pela internet, para todo país, e entregue pelos Correios – que auxiliaram a polícia na investigação.
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Ao todo, quatro pessoas foram presas na operação que levou o nome de “Aruanda”. As prisões ocorreram em Brasília e em Pirenópolis, Goiás (saiba mais abaixo).
De acordo com a Polícia Civil do DF, esta é a primeira vez que a Delegacia Especializada em Repressão às Drogas (CORD) apreende esse tipo de material.
👉🏽Todos os produtos apreendidos serão incinerados, conforme a PCDF.
Propaganda de lubrificante vaginal feito com maconha apreendido no DF
Reprodução
Chocolates e brownies com maconha
A operação Aruanda contou com a colaboração da Polícia Civil do Estado de Goiás (PCGO) e dos Correios. Segundo a investigação, os suspeitos prometiam a “cura” para diversas doenças mediante o uso dos produtos feitos a base de cannabis.
Conforme a PCDF, por meio das redes sociais, os traficantes vendiam os produtos, realizavam diagnósticos, faziam prescrições e indicavam quantas vezes a pessoa deveria usar o “medicamento”, “exercendo ilegalmente a medicina e praticando curandeirismo”.
A investigação mostra que o grupo também prescrevia as drogas para animais de estimação. Ainda conforme a polícia, também eram comercializados alimentos com entorpecentes, como chocolates e brownies com maconha, e há indícios de que o grupo vendia produtos comestíveis à base de cogumelos alucinógenos.
Lubrificante vaginal feito com maconha apreendido no DF
Reprodução
O laboratório do grupo criminoso ficava em Pirenópolis. Segundo o delegado Waldek Fachinelli, que comandou a operação, as sementes das plantas foram trazidas de outros países de forma ilegal. Se condenados, os suspeitos podem pegar até 39 anos de prisão, pelos crimes de:
Exercício ilegal da medicina
Curandeirismo, charlatanismo
Tráfico de drogas interestadual
Associação para o tráfico
Disseminação de espécies que possam causar dano à agricultura, à flora e aos ecossistemas (crime ambiental)
PCDF apreende produtos derivados de cannabis comercializados ilegalmente
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