Vai se arriscar pintando a parede sozinho? Veja dicas para não errar


Recomendações para não se frustrar incluem seguir instruções à risca e não se apegar à perfeição. Na dúvida, chame um especialista. Vai se arriscar pintando a parede sozinho? Veja dicas para não errar
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Está pensando em como pintar uma parede sozinho mas não sabe por onde começar? Se você nunca fez nada parecido, é bom se atentar a certos cuidados e à preparação necessária antes de começar.
O mais importante é saber seguir os passos do processo. “As etapas devem ser respeitadas. Se esquecer ou atropelar alguma delas, você pode impactar no resultado final da pintura”, afirma Rebeca Petrilli, gerente de comunicação e marca da Suvinil.
Esse é, inclusive, o maior risco em realizar o serviço por conta própria: que o resultado não fique do jeitinho que você pensou. Por isso, caso você seja perfeccionista, o melhor é contratar um profissional para não frustrar as expectativas.
Vai ser preciso abraçar o espírito “faça você mesmo” da coisa e se desprender da perfeição. “Algumas coisas vão acabar dando errado, mas às vezes isso é até bom, fica legal também. Pode começar menor, por uma parede mesmo, e se gostar vai fazendo mais”, opina Palloma Tamirys, influencer que conta, nas redes sociais, sobre os próprios projetos de pintura na casa.
Para começar com o pé direito e evitar frustrações, o Guia de Compras reuniu dicas do essencial para colocar a mão na massa. Leia a seguir e, no final, confira uma seleção de produtos básicos para ajudar no processo.
O passo a passo da pintura
1. Definir o objetivo
O primeiro e mais importante passo de qualquer mudança feita na casa é entender suas expectativas e definir sua visão para o ambiente.
“A gente começa nessa pergunta: o que você quer pintar? O primeiro ponto é esse processo de inspiração e de compra dos produtos”, explica Rebeca Petrilli.
É interessante consultar referências de cores e, se for o caso, desenhos, para ajudar a entender seu objetivo. “Faço muita pesquisa de referência na internet, no Instagram, no Pinterest”, cita Palloma Tamirys.
No caso de Tamirys, a influencer sabia que precisava de uma tinta que funcionasse bem com luzes artificiais e que pudesse ser lavada com facilidade, o que ajudou na hora de pedir orientações nas lojas.
Pintura “faça você mesmo” de Palloma Tamirys, influencer.
Palloma Tamirys
2. Comprar o material
Além da escolha da tinta – que envolve gosto pessoal –, é necessário ter em mãos alguns materiais essenciais para realizar a pintura.
Todo mundo vai precisar de:
Máscara e luva, para se proteger e não se sujar;
Lona plástica e fita crepe para forrar o chão e proteger móveis;
Pincel, rolo e bandeja, para aplicar a tinta;
Fundo preparador (ou primer), para aplicar antes da tinta;
Dependendo do caso, você também vai precisar de:
Massa corrida ou argamassa, para paredes com trincos ou furos que precisem de um retoque;
Lixa, para nivelar a superfície da parede;
Escada ou extensor de rolo, para alcançar lugares altos;
Mais fita crepe, para marcar a parede caso você queira fazer algum desenho;
Solvente, caso a tinta escolhida precise ser diluída em solvente;
🖌️ E como escolher o rolo/pincel certo?
O rolo serve para pintar áreas maiores da parede, enquanto o pincel é bom para cuidar dos detalhes e alcançar os cantinhos.
O rolo deve ser escolhido de acordo com a área e o tipo de parede. Rebeca Petrilli, da Suvinil, conta que você pode encontrar a recomendação de qual rolo usar na embalagem das tintas. Na própria embalagem dos rolos, também costuma haver dicas e indicações de uso.
“Eles também podem variar com relação ao tamanho do pelo: rolo de pelo curto (melhor para superfícies lisas, pois absorve menos tinta) e o rolo de pelo longo (funciona melhor com paredes irregulares, pois absorve mais tinta e preenche todos os espaços)”, explica, em nota, a Leroy Merlin.
Os pincéis, ou trinchas, seguem a mesma lógica: a embalagem vai indicar o uso recomendado do produto. “Pincéis com cerdas tipo gris são melhores com tinta PVA, acrílica ou látex. Já os de cerdas brancas são mais macios e foram feitos para usar em superfícies lisas, como as paredes”, diz a Leroy Merlin.
E vale ressaltar: se ainda está inseguro, vale a pena pedir ajuda aos atendentes das lojas. “Não dá para pegar qualquer tipo de rolo, senão vai bagunçar tudo. Você precisa entender o tipo de parede que você tem e pedir pelo acessório que se adequa a ela”, aconselha Palloma Tamirys.
3. Preparar a parede
Com os materiais em mãos, o próximo passo é forrar o chão e mover ou proteger os móveis. E antes de pintar, é ideal limpar a superfície. “Tem muito caso de incidência de mofo, de umidade. É questão de passar um pano úmido, uma água sanitária”, diz Rebeca Petrilli.
Petrilli ainda lembra que o ideal é sempre tratar a causa, principalmente quando se observa uma infiltração, o que requer ajuda profissional. Mas isso depende do investimento total que a pessoa quer fazer.
Com a parede limpa, você deverá remover seu antigo papel de parede ou rebocar os possíveis buracos e trincas com massa corrida ou argamassa, segundo a Leroy Merlin. Use uma lixa para nivelar os pontos rebocados.
Para um acabamento mais completo, use um fundo preparador de paredes (ou primer), que pode ser aplicado com o rolo. “Dessa forma, você evita que a parede fique manchada ou descasque depois de pintada”, diz a Leroy Merlin.
4. Pintar
Agora você já pode preparar sua tinta, diluindo sempre segundo as instruções da embalagem. A diluição pode ser feita em água ou no solvente indicado pela fabricante.
Aqui, a dica é buscar tintas com base em água, que são muito práticas de usar, além de mais sustentáveis. “Solvente é mais para tintas de madeiras e metais. Para paredes, os produtos costumam ser diluídos em água”, conta Petrilli.
“Os produtos com base de água são muito mais práticos, porque todo mundo tem disponível. Para limpar também é mais fácil. Quando a diluição é com solvente, você precisa do solvente para limpar”, explica a gerente.
Ao diluir, lembre de misturar bem a tinta (se não tiver um misturador, pode ser com um cabo de vassoura velho) para que fique homogênea e não manche sua parede.
“Coloque a tinta diluída na bandeja. Vá colocando aos poucos e acrescente mais produto sempre que for acabando. Assim você evita que o rolo fique muito encharcado”, ensina a Leroy Merlin.
Não esqueça de seguir as instruções específicas de cada produto. “Tem que respeitar o processo, como se fosse uma receita de bolo. Seja com a diluição do produto ou com o tempo que você precisa esperar para fazer cada demão de tinta”, alerta Petrilli.
👷 Quando chamar o profissional?
Em alguns casos, o método “faça você mesmo” pode não ser o mais indicado. “Tem alguns efeitos que exigem técnicas de aplicação profissionais. Por exemplo, a restauração de algum móvel antigo ou se a pessoa quer pinturas orgânicas, com um fundo de uma cor e desenhos pintados por cima”, avisa Petrilli, da Suvinil.
Exemplo de pintura orgânica.
Suvinil/Histórias de Casa; fotógrafa Leila Viegas
É preciso conhecer seus limites e saber quando pedir ajuda. “Tem coisas que a gente não consegue fazer sozinha. Por exemplo, eu não consigo trocar piso sozinha, pode acabar tendo desperdício de material, de tempo. Para outras pessoas é a mesma coisa, mas com a pintura”, conta Palloma Tamirys.
A seguir, veja uma lista com produtos e materiais para pintar a parede. Os itens custavam entre R$ 10 e R$ 140, quando consultados, em setembro, nas principais lojas on-line.

Lixa em folha grão 220 27X22 cm (kit com 10 unidades)
Película plástica protetora 4mx3m Plasitap
Luva descartável viniflex 100 unidades Vabene
Massa corrida para interior 25 kg Suvinil
Fundo preparador de parede com base em água 3,6 L Coral
Tinta spray primer 350ml Tekbond
Rolo de pintura lã 23 cm Atlas
Rolo para pintura lã de carneiro 9 cm Tigre
Trincha Plumatek 4” Atlas AT315/9
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