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Juiz determinou que ela deve apresentar, todos os meses, boletim de assiduidade e aproveitamento. Imagem de arquivo – Luiz Eduardo de Almeida Barreto e a mulher Eliana Freitas Areco Barreto
Reprodução/Arquivo pessoal
Condenada a 24 anos de prisão por mandar matar o marido no caso que ficou conhecido como ‘Crime da Berrini’, em São Paulo, a viúva Eliana Freitas Areco Barreto conseguiu autorização da Justiça para poder cursar Enfermagem em Taubaté, no interior de São Paulo.
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A decisão foi tomada na última semana pelo juiz José Loureiro Sobrinho, que determinou que Eliana possa sair da cadeia, em dias letivos, a partir das 17h, devendo retornar após as aulas ou, no máximo, até 23h50.
Além disso, o juiz determinou que Eliana deverá apresentar boletim de assiduidade e aproveitamento todos os meses, para comprovar o aproveitamento no curso. Ela não está autorizada a frequentar locais que não condizem com o ambiente da sala de aula.
Atualmente, Eliana Freitas Areco Barreto está presa em regime semiaberto, na Penitenciária “Santa Maria Eufrásia Pelletier”, a P1 Feminina de Tremembé (SP).
O pedido havia sido protocolado pela defesa de Eliana no fim do ano passado, após ela ter feito o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Ela se matriculou para o período noturno do curso.
No documento, a defesa citou que Eliana tem ótimo comportamento carcerário e aponta que ela “almeja continuar seus estudos, de modo que a possibilite construir um futuro melhor para si mesma e sua família”.
“Deseja se recolocar no mercado de trabalho, razão pela qual almeja frequentar o curso de Enfermagem e se profissionalizar em um novo ramo, aprimorando suas qualificações profissionais”, cita a defesa.
O g1 acionou a defesa da detenta, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem. A matéria será atualizada caso os advogados se manifestem.
Acusada de matar marido em SP diz que não planejou o crime
Condenação
Inicialmente, a professora Eliana foi condenada a 24 anos de prisão, por homicídio doloso triplamente qualificado: pagar pelo crime, motivo torpe e dissimulação. Além disso, foi considerado o agravante do crime ter sido cometido contra o marido. O julgamento aconteceu em dezembro de 2020.
Em 2022, porém, a Justiça acatou um pedido da defesa da professora e reduziu a pena para 21 anos, 4 meses e 15 dias de prisão.
Imagem de arquivo – Corpo de homem assassinado ao voltar do almoço na região da Avenida Luís Carlos Berrini
Glauco Araújo/g1
O crime
O Ministério Público (MP) acusou Eliana e o amante dela, o inspetor de segurança Marcos Fábio Zeitunsian, de contratarem o pistoleiro Eliezer Aragão da Silva por R$ 5 mil para simular um assalto e matar Luiz Eduardo.
A vítima foi morta a tiros na tarde do dia 1º de junho de 2015, quando voltava do almoço com um colega de trabalho, na rua James Watt, uma travessa da Avenida Luis Carlos Berrini, no Brooklin, área nobre da Zona Sul. O caso ficou conhecido como “crime da Berrini” numa referência à avenida.
De acordo com a Promotoria, o casal de amantes Eliana e Marcos decidiu mandar matar Luiz Eduardo porque a mulher queria se separar do empresário. Os dois planejavam se casar, morar juntos e ficar com o dinheiro da herança da vítima para abrir um negócio para o inspetor, segundo a acusação.
A professora e o empresário moravam em Aparecida, no Vale do Paraíba, mas ele trabalhava na capital. O casal teve dois filhos. Após o crime, a vítima foi enterrada em Guaratinguetá.
Confira aqui a condenação do amante de Eliana e do homem contratado para executar o crime
Gerente de empresa é executado durante um assalto na zona sul da capital
Câmera gravou momento em que Eliezer Silva (à direita) atira em Luiz Eduardo (à esquerda).
Reprodução/Arquivo/TV Globo
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