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Ave foi encontrada em Bertioga e já recebe tratamento para ser reinserida à natureza. Carcará debilitado é resgatado no litoral de SP
Divulgação/Prefeitura de Bertioga
O carcará, da espécie Caracara Plancus, foi resgatado pelo Departamento de Operações Ambientais (DOA) em Bertioga, no litoral de São Paulo. O gavião, que está em vulnerabilidade, não conseguia voar e foi encaminhado ao Grupo de Resgate e Reabilitação de Mamíferos Marinhos (Gremar), que trabalha para reabilitá-lo.
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A ave foi encontrada e resgatada no bairro Riviera de São Lourenço no dia 24 de março. Segundo o Instituto Gremar, o animal é jovem e apresentava lesão na região torácica, que só foi detectada em exame. Ele se alimenta de forma espontânea e segue em observação para, posteriormente, ser reinserido na natureza.
Em nota, a prefeitura orientou à população que, caso encontrem animais como o carcara, que se afastem e acionem o DOA pelo telefone 153 ou a Defesa Civil pelo 199
Carcará
Região na frente dos olhos que pode indicar o “humor” da ave
Terra da Gente
O gavião-carcará, uma espécie que ocorre em quase todo o Brasil e está em situação de vulnerabilidade, chama atenção por sua imponência. Com 56 centímetros de altura e envergadura de 123 centímetros, sua plumagem é característica, com a cabeça escura, pescoço claro e peito estriado. O bico curvado e os pés amarelos contrastam com as asas e o dorso marrom.
Uma curiosidade é a cera, a região sem penas perto dos olhos, que muda de cor conforme o “humor” da ave. Quando está em repouso, a cera fica vermelha ou alaranjada; durante disputas ou ação, ela se torna amarelada.
O carcará tem vocalização que lembra seu nome e, por vezes, inclina a cabeça para trás. Alimenta-se de pombas, cobras, lagartixas, anfíbios e carniça, sendo comum em rodovias, áreas queimadas e beira-mar. Pode ser confundido com um urubu, mas é facilmente identificado pelo comportamento e pelo voo característico.
Durante a reprodução, constrói seu ninho com galhos no alto das árvores ou utiliza o ninho de outras espécies. A fêmea põe de dois a três ovos, incubados por cerca de 30 dias. O filhote deixa o ninho aos três meses, mas ainda depende dos pais para alimentação.
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