
Cidades do noroeste de São Paulo concentram o maior número de casos da doença no país, segundo os dados do Ministério da Saúde. Médico Ginecologista explica que riscos da doença se estendem ao bebê. Gestantes diagnosticadas com dengue sofrem com as consequências da doença
A espera por um bebê envolve inúmeros sentimentos e preocupações para as mulheres, desde o acompanhamento médico, o pré-natal, a compra das roupas e a montagem do quarto. Mas, ultimamente as gestantes que moram no noroeste paulista tem um motivo a mais para se preocupar: a dengue.
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Entre as grávidas, os cuidados para evitar se contaminar com a dengue devem ser redobrados. Isso porque, segundo o Ministério da Saúde, elas fazem parte de um grupo de risco e têm a maior probabilidade de desenvolver a forma grave da doença.
Dados do Ministério da Saúde mostram que houve um aumento de 345% no número de casos de dengue em gestantes no Brasil no ano passado, em comparação com 2023. Embora o noroeste de São Paulo não tenha a porcentagem de grávidas infectadas pelo vírus, as cidades concentram o maior número de casos da doença no país.
Camila Lofrano mantém cuidados para evitar a contaminação por dengue em Rio Preto (SP)
Reprodução/TV TEM
Falta pouco para a Camila Lofrano ter nos braços o segundo filho. A chegada do Paulo está prevista para abril. Enquanto isso, a psicóloga continua trabalhando, mas sem descuidar da saúde.
“Eu tento tomar todos os cuidados, em casa, com a dedetização, com a limpeza dos ralos, das plantas. O repelente é perfume diário, todo dia de manhã a gente aplica e reforça no meio do dia”, comenta Camila.
Ginecologista e obstetra José Luís Crivellin, de São José do Rio Preto (SP)
Reprodução/TV TEM
Segundo o ginecologista e obstetra José Luís Crivellin, se a mãe se contaminar com a dengue, os riscos se estendem ao bebê, uma vez que aumenta a chance de prematuridade, restrição de crescimento dentro do útero e até morte fetal.
“A gestante é uma paciente imunodeprimida porque metade da carga genética do bebê vem do marido. Então, para levar essa gravidez até o final, o próprio organismo diminui a imunidade da gestante, o risco é que ela pode ter uma doença mais grave”, explica o médico.
Larvas do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue
Reprodução/TV TEM
O uso diário do repelente é a principal recomendação do médico para que as gestantes se protejam do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença. Caso apresentem sintomas, é necessário procurar um hospital ou unidade de emergência.
Se possível, José Luís orienta que as gestantes usem blusas e calças compridas, sapatos fechados com meia e coloque telas nas janelas para evitar a entrada do mosquito.
Mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue
Reprodução/TV TEM
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