Incêndios atingem vegetações no Morro dos Macacos e no Parque Estadual da Pedra Branca


Fogo foi flagrado pelo Globocop. Casos de asma e bronquite cresceram em comparação a agosto do ano passado, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde. Foco de incêndio em vegetação próximo ao conjunto habitacional Pedro Segundo, no Morro dos Macacos, em Vila Isabel
Reprodução/TV Globo
Dois focos de incêndio atingiram a mata do Morros do Macacos, em Vila Isabel, Zona Norte do Rio, no início da tarde desta quarta-feira (11). Eles foram flagrados pelo Globocop às 12h16 próximo a casas e conjuntos habitacionais.
Bombeiros foram acionados e atuaram na Rua Maestro Ernesto Nazaré, próximo a casas, e na Rua Engenheiro Gama Lobo, nas imediações do Conjunto Residencial Pedro II. Um morador tentou ajudar usando uma mangueira d’água para conter as chamas.
A situação foi controlada, mas ainda há o registro de concentração de fumaça, que pode ser vista na direção do Maciço da Pedra Branca, na Pedra do Grajaú e entre o Morro do Borel e o Morro do Andaraí.
Com a baixa umidade do ar, as chamas se propagam com facilidade na região, que está com a vegetação seca.
Na noite de terça-feira (10), bombeiros de Vila Isabel também foram acionados para conter um princípio de incêndio no Morro dos Macacos. Eles levaram pelo menos 2 hora para conter o fogo.
Nesta quarta, a vegetação do Parque Estadual da Pedra Branca, na Zona Oeste da cidade, também foi atingida por um princípio de incêndio. O fogo foi flagrado pelo Globocop.
Na terça, bombeiros também já tinham sido acionados para uma ocorrência no local. Foi preciso usar um helicóptero para controlar as chamas.
Clima seco + doenças respiratórias
A rede municipal de saúde registrou um aumento de 31,2% nos casos de asma e de 29,8% nos casos de bronquite em agosto de 2024, em relação a agosto de 2023.
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, nesse época do ano, há um aumento natural da ocorrência dessas doenças respiratórias, mas não é possível fazer uma relação direta com as queimadas.
As doenças respiratórias podem ser provocadas por agentes infecciosos como vírus e bactérias, e outros determinantes de saúde, como temperatura, umidade do ar e poluição.
O período atual é de sazonalidade dessas doenças, por causa das condições características da estação do ano, e no cenário epidemiológico atual há co-circulação de diferentes vírus respiratórios na cidade.
Queimadas no RJ
RJ registrou em 2024 o maior número de queimadas dos últimos 10 anos
O Estado do Rio teve 760 queimadas registradas desde janeiro de 2024. Esse é o maior número registrado nos últimos dez anos, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Só esse mês, foram 55 registros.
O resultado é uma fumaça de poluição no horizonte e uma pior qualidade do ar. A qualidade está, segundo o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), entre moderada e ruim.
Queimadas em todo o Brasil afetam a qualidade do ar no Rio
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Atualmente, a qualidade está entre moderada e ruim. A fumaça das queimadas da Amazônia e do Pantanal chegou até o Rio de Janeiro, assustando muita gente.
“Eu achei que era um nevoeiro, mas observando, na televisão, informações, estamos distantes das queimadas”, disse Kátia Braga, aposentada.
Chuva em falta
Céu no Rio de Janeiro
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A previsão é de que, pelo menos até o fim de semana, o céu fique cada vez mais azul. Mas o que realmente limpa a atmosfera está em falta, praticamente, no brasil todo: a chuva.

“Hoje, a qualidade do ar do Rio de Janeiro a gente pode classificar como moderada, mas com a ausência da chuva e ondas de calor, a gente tende a ter uma piora na qualidade do ar”, comentou Vinicius de Oliveira, gerente de monitoramento ambiental da secretaria Municipal de Meio Ambiente.
Interior do Rio sofre
No interior do Estado, várias cidades estão sofrendo. Um incêndio que começou na segunda à tarde no município de Paraíba do Sul ainda não foi contido até a tarde dessa terça-feira (10).
Os bombeiros e o grupamento de proteção ambiental foram para o local. Em Cabo Frio, o incêndio se alastrou e chegou muito perto das casas.
O tempo seco, o calor, a poluição e a fumaça dos incêndios são um alerta: é preciso cuidar da saúde.
“Ingerir bastante água, refeições nutritivas sim, mas não volumosas, se proteger do sol e procurar lugares com vegetação, não fazer exercício físico de tarde ao ar livre, com menor umidade e maior temperatura. Pode usar umidificador, não muito, por uma horinha na parte de tarde, uma bacia com água pode ajudar; e nada de queimar lixo ou soltar balão, ninguém precisa de mais incêndio”, afirmou o pneumologista Leonardo Pessoa.

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