
Artesãs do distrito Gramadinho, em Itapetininga (SP), colhem sementes e cascas para fazer colares, brincos e pulseiras. Loja da cidade também vende roupas de confecção própria com malhas sustentáveis. Projeto sustentável faz ‘biojioas’ com cascas e sementes no distrito Gramadinho, em Itapetininga (SP)
Mike Adas/TV TEM
Artesãs e uma empresária de Itapetininga (SP) têm apostado em uma forma sustentável de fazer e vender joias e roupas, empreendedorismo que está ganhando força no mercado atualmente.
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Uma iniciativa do projeto “Joias do Gramadinho”, do distrito Gramadinho, começou a fabricar colares, brincos e pulseiras com materiais recolhidos de propriedades da região, desde cascas a diferentes tipos de sementes.
Artesãs coletam sementes e cascas para fazer ‘biojoias’ em Itapetininga (SP)
Mike Adas/TV TEM
Além de permitir que os artesãs explorem a criatividade aproveitando a beleza natural de árvores e da vegetação, o projeto também é uma opção de renda para as moradoras.
“Começou em 2022, fizemos um curso de bijuterias feitas com cascas e sementes pelo Sincanto Rural e olhando todo o material que produzimos, pensamos que fazemos algo tão bonito, e aí decidimos fazer algo como segunda renda. (…) Colhemos as sementes ficheiro, boca de sapo, coronha, macadamia e uma semente própria do bairro que é a saboneteira ou pérola negra”, diz Joana Darc Pires, coordenadora do projeto.
Joana Darc Pire é coordenadora do projeto ‘Joias do Gramadinho’ em Itapetininga (SP)
Mike Adas/TV TEM
A artesã Branca Berta explica que quando o grupo consegue vender suas peças, é motivo de muita alegria, porque o trabalho dedicação delas foi reconhecido.
“Me enche de ego quando eu vendo uma peça e essa peça a pessoa não pergunta quanto é e nem te pergunta o porquê”, destaca.
Branca Berta, artesã de Itapetininga (SP), participa do projeto ‘Joias do Gramadinho’
Mike Adas/TV TEM
Conforme apurado pela TV TEM, o principal objetivo do projeto das artesãs é incentivar o consumo e a produção consciente de produtos.
Artesãs do projeto “Joias do Gramadinho” em Itapetininga (SP)
Mike Adas/TV TEM
♻️ Malha sustentável
A loja de Laura Paiva, também de Itapetininga, adotou este método de produção e começou a vender roupas com malhas sustentáveis. As camisetas, calças, bonés e meias da loja são de confecção própria e possuem um de certificado internacional de sustentabilidade.
Laura Paiva tem uma loja com produtos de malha sustentável em Itapetininga (SP)
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“A gente escolhe os fornecedores locais para que a gente tenha controle de como aquilo que está sendo feito. escolhemos algodão com certificado de plantio correto, menos uso de inseticida, com valorização desde o trabalho da pessoa no cultivo no plantio até chegar na loja (…) A gente faz um trabalho de conscientização também para que não haja um consumo exagerado”, conta a empreendedora.
Segundo a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrema) mais de 4 milhões de toneladas de resíduos têxteis são descartados no Brasil por ano.
Estes materiais podem levar décadas ou até mesmo séculos para se decompor na natureza, por isso, desde que a marca da Laura foi criada em 2020, a empresária luta pra diminuir o desperdício e a poluição.
Peças de roupas de loja de Itapetininga (SP) possuem certificado internacional de sustentabilidade
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