Gabriel Santos, de 20 anos, recusou-se a fazer o teste do etilômetro e foi liberado, ainda segundo registro. Câmera de segurança flagrou homem arremessando lata de bebida pelo muro. Homem desce de caminhonete com lata de bebidas após veículo invadir casa em Franca
Reprodução/Câmera de segurança
O motorista da caminhonete desgovernada que destruiu o muro e invadiu a casa de um aposentado, em Franca (SP) na última quinta-feira (26), apresentava “odor etílico” no momento do acidente e não tem carteira de habilitação (CNH). A informação consta no registro da ocorrência feito pela Polícia Militar.
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Segundo o documento, Gabriel de Sousa Santos, de 20 anos, recusou-se a fazer o teste do etilômetro e foi liberado.
Na gravação de uma câmera de segurança que flagrou a colisão, é possível ver que, depois da batida, dois homens descem da caminhonete, sendo um deles com uma lata de bebida na mão. Em seguida, esse homem joga a lata em um terreno vizinho (assista abaixo).
“Não possui CNH e com odor etílico no hálito, sendo convidado a fazer o teste de etilômetro, o qual se negou, onde tomamos as medidas administrativas quanto à falta de CNH e recusa ao teste de etilômetro”, diz registro da PM.
A EPTV, afiliada da TV Globo, tentou contato com Gabriel, mas não havia obtido retorno até a publicação desta reportagem.
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O advogado Leonardo Afonso Pontes, que não participa do caso, explica que o motorista pode ter sido liberado pelos policiais militares devido ao fato de o acidente não ter feito vítimas graves.
“É possível que as autoridades, ao se depararem com os fatos e com as circunstâncias, e diante da ausência de uma vítima, tenham entendido pela não necessidade de retenção desse condutor. Essa circunstância leva em conta que houve, sim, danos materiais, mas, aparentemente, neste momento inicial, não mais do que isso”, disse.
Apesar disso, a Polícia Civil deve investigar as circunstâncias. Segundo Pontes, o relato dos policiais descrito no registro da ocorrência deve ser levado em consideração.
“O que são utilizadas são informações que contextualizem mais do que apenas com o fato isolado. O fato de ele apresentar um odor etílico e mais todo o gestual que as imagens já capturaram, o comportamento apresentado por ele, todos esses fatos, conjuntamente, levarão as autoridades na condução desse inquérito que vai ser instaurado”, complementa.
Aposentado descreve susto
À EPTV, o aposentado João Bosco descreveu o susto que levou.
“Foi como se fosse uma explosão muito forte. Tinha certeza de que era aqui, porque encheu minha casa de terra, poeira. Já tinha certeza de que tinha sido aqui”, disse.
Ele conta que, no momento, havia acabado de levantar da cama para desligar o despertador. Com o susto, chegou a cair no chão e sofreu escoriações, mas passa bem.
“Meu telefone tocou, porque desperta de manhã. Fui lá pegar o telefone para desligar, daí, ao desligar o telefone, escutei essa explosão. Caí com aquele susto.”
Além do muro da frente, a parede de um dos quartos também quebrou e a porta de entrada ficou danificada. O aposentado destacou o sentimento de tristeza.
“A sensação é de tristeza, porque a gente trabalha sempre com dificuldade, e acontece que vem um cara lá não sei de onde e destrói o que você custou construir. É muito difícil de explicar no sentido emocional”, finalizou.
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Lindomar Cailton/EPTV
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