
Ele fugiu após cumprir quatro anos de pena pela morte da primeira esposa. O segundo crime foi encomendado de dentro da cadeia. Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), no Cordeiro, na Zona Oeste do Recife
Artur Ferraz/g1
Um homem de 40 anos foi preso por mandar matar uma ex-companheira enquanto cumpria pena pela morte da primeira esposa. Segundo a Polícia Civil, ele ficou oito anos foragido e foi localizado utilizando documentos falsos numa casa em Camaragibe, no Grande Recife.
As informações sobre o caso foram divulgadas nesta sexta-feira (14).
Em entrevista coletiva, o delegado Joel Venâncio informou que o primeiro crime aconteceu no dia 15 de novembro de 2009, no bairro do Curado, na Zona Sul do Recife, e teve como vítima Alcione Alves Pedrosa, de 23 anos. O homem foi identificado como Valdeílson Luís de Souza.
“Ele atirou nela e depois passou várias vezes com o carro em cima da vítima. A vítima tinha um bebê, um menino recém-nascido, filho do casal, que ficou desamparado”, contou.
Segundo a polícia, Vandeílson foi preso na época, condenado por feminicídio, e chegou a cumprir quatro anos da pena.
Enquanto estava na prisão, ele conheceu uma segunda mulher e teve um relacionamento com ela. Os dois tiveram uma filha nesse período.
O delegado Joel Venâncio explicou que, assim como no primeiro assassinato, Vandeílson achou que estava sendo traído pela mulher e contratou duas pessoas de fora da prisão para matar a segunda companheira, em 2013.
De acordo com a polícia, além de cumprir os dois mandados de prisão, o homem também foi preso em flagrante por falsificação de documento público.
“Felizmente cumprimos essa prisão porque ele poderia fazer novas vítimas. Tivemos informações que ele estava sozinho há pouco tempo porque a companheira atual dele fugiu com medo de ser morta, pois ele é um elemento extremamente violento”, disse o delegado Joel Venâncio.
A prisão foi possível porque a polícia investigou uma denúncia anônima feita por meio da Ouvidoria da Secretaria de Defesa Social (SDS), através dos números 181, ou 0800 081 5001.
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