Atirador foi indiciado por homicídio duplamente qualificado por impedir a vítima de defesa e por ser motivado por razões fúteis. Crime aconteceu no dia 7 de março, após a mulher esbatrar o carro no ciclista. Jovem que matou mulher após briga de trânsito é indiciado por homicídio duplamente qualificado
Polícia Civil/Divulgação
O jovem de 18 anos que atirou em uma mulher após uma briga de trânsito em Frutal, no Triângulo Mineiro, foi indiciado pela Polícia Civil por homicídio duplamente qualificado. A conclusão do inquérito aconteceu na segunda-feira (17).
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O crime aconteceu no dia 7 de março, quando o indiciado estava transitando de bicicleta por uma rua do Bairro Vila Esperança e, segundo o relato dele, a mulher de 29 anos esbarrou o carro nele.
Após uma discussão entre os dois, o jovem foi até a casa da motorista para tirar satisfação e exigir que ela arcasse com os custos do conserto da bicicleta.
Segundo a Polícia Militar (PM), o companheiro da vítima testemunhou a cena e disse para o jovem que não sabia do ocorrido. A mulher negou pagar pela bicicleta justificando que ela estava certa.
Então, ele sacou a arma e atirou contra a vítima, que caiu no chão ferida. O jovem fugiu e a mulher foi socorrida por pessoas que estavam no local.
Ela foi levada para o Hospital Frei Gabriel, onde o médico identificou que o tiro acertou o lado esquerdo do peito. A vítima não resistiu ao ferimento e a morte foi confirmada na unidade.
De acordo com a Polícia Civil, ao ir armado encontrar a mulher e atirar no peito da vítima, o jovem a impossibilitou de se defender. Além disso, o crime foi motivado por razões fúteis.
Por isso, o delegado concluiu que ocorreu o homicídio qualificado, podendo o indiciado ter a pena aumentada caso seja acusado e condenado pelo crime.
Jovem se apresentou à polícia
Adolescente se apresentou na delegacia após o crime
Ainda no mesmo dia, na noite de sexta, o jovem se apresentou à polícia. Veja o vídeo acima do momento em que ele se entrega companhado do advogado.
Segundo a Polícia Civil, o inidiciado alegou que agiu em legítima defesa após se sentir ameaçado pela vítima e pelo companheiro dela. No entanto, os policiais afirmaram na divulgação da conclusão do inquérito que as testemunhas e o laudo de necropsia contradizem a versão do jovem.
O advogado de defesa do jovem, José Rodrigo, comentou quando o indiciado se entregou — na época, ainda suspeito do crime — que não estava entregando o cliente dele. Além disso, ele também disse que o principal temor dele era quanto ao clamor popular, mas que isso não deveria tornar a decisão do juiz tendenciosa.
“Meu cliente teve algumas transgressões quando menor, coisa de adolescente periférico, mas nada que indicasse alguma periculosidade. Ele é réu primário”, comentou o advogado José Rodrigo.
Ainda de acordo com o advogado, após prestar depoimento o jovem foi solto.
“Ele não sabia que ela tinha morrido, achou que o tiro tinha pegado no pé dela. Agora, ele já está fora da cidade e irá responder em liberdade”, afirmou à TV Integração.
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Em nota enviada à imprensa, no dia 11 de março, os advogados de defesa do indiciado contestaram a versão que consta no boletim de ocorrência sobre ter ocorrido um “esbarrão”.
Segundo eles, o fato não se tratou de um simples “esbarrão”, mas sim de uma tentativa de homicídio onde o cliente agiu em legítima defesa, estando armado devido à ameaça do esposo da vítima. Ao sacar a arma, houve um disparo acidental no momento em que foi agredido.
Momento em que o jovem se entregou à polícia em Frutal
Débora Garcia
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