
No dia anterior, a moeda americana recuou 0,25% e fechou a R$ 5,6719, no menor patamar desde outubro. Já o principal índice da bolsa encerrou em alta de 0,49%, aos 131.475 pontos. Dólar
Karolina Grabowska/Pexels
O dólar abriu em leve alta nesta quarta-feira (19), com as atenções dos investidores voltadas aos cenários de juros no Brasil e nos Estados Unidos.
Primeiro, às 15h, o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) anuncia a sua decisão de política monetária. O mercado projeta, em sua maioria, que a instituição deve manter suas taxas de juros inalteradas entre 4,25% e 4,50% ao ano, para continuar o trabalho de conter a inflação no país.
Mais tarde, no começo da noite, é a vez do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil (BC).
Veja abaixo o resumo dos mercados.
Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair
💲Dólar
Às 09h01, o dólar subia 0,11%, cotado a R$ 5,6781. Veja mais cotações.
Na terça-feira (18), a moeda americana teve baixa de 0,25%, cotada a R$ 5,6719.
Com o resultado, acumulou:
queda de 1,24% na semana;
recuo de 4,13% no mês; e
perda de 8,22% no ano.
a
📈Ibovespa
Na terça, o índice teve alta de 0,49%, aos 131.475 pontos.
Com o resultado, o Ibovespa acumulou:
alta de 1,96% na semana;
avanço de 7,07% no mês; e
ganho de 9,31% no ano.
O que está mexendo com os mercados?
O principal destaque no noticiário desta terça-feira (18) ficou com o anúncio do governo brasileiro sobre o projeto de lei que amplia a isenção do IR para quem recebe até R$ 5 mil por mês. A medida ainda depende do aval do Congresso Nacional e, se aprovada, deve entrar em vigor apenas em 2026.
O governo também propôs ampliar a faixa de isenção para R$ 3.036 neste ano, para acompanhar o reajuste do salário mínimo. Atualmente, a faixa de isenção está em R$ 2.824.
Apesar do anúncio mais detalhado nesta terça-feira, a medida não trouxe grandes surpresas ao mercado, que já havia reagido à medida em novembro.
Durante a assinatura do projeto, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou que terá “lealdade” com o governo, mas não deixará de fazer mudanças no texto e de cobrar responsabilidade fiscal. Para o mercado, a fala pode significar uma trava a mais no perigo dos gastos públicos.
Os investidores também estão na expectativa sobre as decisões de juros no Brasil e nos EUA, nesta quarta-feira (19).
🔎 Os dados são monitorados de perto porque juros mais altos tornam o crédito mais caro, reduzindo o consumo e ajudando a controlar a inflação. Mas esse efeito demora alguns meses para ser sentido na economia.
No Brasil, investidores esperam que o Banco Central (BC) anuncie mais uma alta de 1 ponto percentual da taxa básica de juros, que hoje está em 13,25% ao ano. Assim, a taxa Selic deve atingir o maior patamar desde o governo Dilma Rousseff.
Já nos EUA, nesta “Superquarta”, dia em que as decisões de juros do Brasil e dos EUA coincidem, o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) deve manter suas taxas de juros entre 4,25% e 4,50% ao ano.
Dados do último Boletim Focus — relatório do BC que reúne as projeções de economistas do mercado financeiro para os principais indicadores econômicos do país —, divulgado nesta segunda-feira, indicam que o mercado espera um IPCA acumulado de 5,66% em 2025.
O número representa uma leve desaceleração em relação à projeção anterior de 5,68%, mas ainda está bem acima da meta do BC, que é de 3% ao ano (e margem de tolerância entre 1,5% e 4,5%).
Já no noticiário internacional, as atenções ficaram voltadas para a aprovação de um projeto de reforma fiscal na Alemanha, que vai permitir um aumento maciço de gastos com defesa e a criação de um fundo de 500 bilhões de euros para infraestrutura.
A Alemanha e outros países europeus têm sido pressionados a reforçar suas defesas diante da hostilidade da Rússia e das mudanças nos Estados Unidos sob o comando do presidente Donald Trump, que os líderes europeus temem que possam deixar o continente exposto.
Ainda no exterior, o telefonema entre Trump e Putin também ficou sob os holofotes, bem como os desdobramentos das novas tarifas impostas pelo presidente norte-americano aos seus parceiros comerciais.
*Com informações da agência de notícias Reuters