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Luciano Farah Nascimento foi detido em Nova Lima após mandado de prisão preventiva por homicídio ocorrido em 2002, cometido dez dias antes do crime contra o promotor. Luciano Farah
Reprodução/TV Globo
O empresário Luciano Farah Nascimento, condenado pelo assassinato do promotor de Justiça Francisco Lins do Rêgo em 2002, foi novamente preso novamente nesta sexta-feira (27) em Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
A prisão decorre de um mandado de prisão preventiva relacionado à morte de Anderson de Carvalho, suspeito de roubo, em 15 de janeiro de 2002 — dez dias antes da morte do promotor.
Agentes da Agência de Inteligência do Batalhão de Choque da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), em conjunto com a Diretoria de Inteligência, localizaram e prenderam o empresário.
Luciano Farah foi abordado enquanto dirigia um veículo de luxo na rodovia MG-030, no km 20, em Nova Lima. O mandado de prisão preventiva havia sido emitido em 13 de setembro pela Vara do Tribunal do Júri de Contagem.
Morte do suspeito de roubo
A nova prisão de Luciano Farah está relacionada ao homicídio de Anderson de Carvalho, em 15 de janeiro de 2002. Anderson foi assassinado com 16 tiros após ser suspeito de roubar R$ 390 de um posto de gasolina de propriedade do empresário em Contagem.
O ex-policial Edson Souza Nogueira de Paula, segurança de Farah, foi apontado como o autor dos disparos. Em 2016, ambos foram condenados a 14 anos de reclusão pelo crime, pena que foi aumentada para 16 anos em 2022.
Em março deste ano, Farah se entregou para a polícia também em Nova Lima e foi preso por este crime.
Seis dias depois, foi solto após a defesa dele recorrer ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) para revogar a prisão. Ao analisar o caso, a corte entendeu que os réus só poderiam ser presos depois que todas as possibilidades de recurso processual acabassem e expediu o alvará de soltura.
A nova prisão de Luciano Farah nesta sexta-feira foi possibilitada por uma recente decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou que a soberania das decisões do Tribunal do Júri justifica a execução imediata da pena imposta. Dessa forma, condenados por júri popular podem ser presos imediatamente após a decisão, mesmo que ainda caibam recursos.
Promotor de Justiça Francisco Lins do Rêgo foi assassinado em janeiro de 2002
Divulgação/MPMG
Assassinato do promotor
Dez dias após o homicídio de Anderson de Carvalho, Luciano Farah e Edson Souza Nogueira de Paula assassinaram o promotor de Justiça Francisco Lins do Rêgo.
O promotor havia proibido a venda de gasolina pela rede de postos de Farah, após constatar que o combustível era adulterado e que a empresa sonegava impostos. Em 2009, ambos foram condenados pelo Tribunal do Júri a penas de 21 e 23 anos de prisão, respectivamente.
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