
Na última segunda-feira (10), rio chegou a medir 10,66 metros e ficou próximo de alcançar cota histórica de Tarauacá em 2021. Defesa civil do município levou famílias de volta para casa nesta quarta (19) após ver que não há mais risco de inundação. Família que estavam em abrigo, são encaminhadas de volta para casa em Tarauacá
Asscom/Defesa Civil
As 20 famílias desabrigadas no município de Tarauacá, que estavam na Escola José Augusto, após o Rio Tarauacá transbordar na noite de sábado (15) e atingir 45% da cidade, retornaram para casa no fim da tarde desta quarta-feira (19). De acordo com a Defesa Civil do município do interior do Acre, 92 pessoas estavam no abrigo.
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Nesta quinta-feira, o manancial marcou 8,91 metros às 6h desta quinta-feira (20), mais de 50 centímetros abaixo da cota de transbordo, que é de 9,50 metros. Às 18h de quarta (19), o rio estava com 9,23 metros. O rio transbordou na noite do último sábado (15) e atingiu 45% do município de mesmo nome.
O 3° Sargento do Corpo de Bombeiros, Leandro Simões, diretor municipal de Defesa Civil de Tarauacá, afirmou que as pessoas abrigadas na escola estavam sendo assistidas com café da manhã, almoço, janta, merenda e, também, entretenimento.
“Tendo em vista que o rio já apresentou desde ontem [terça 18] sinais de vazante, hoje [quarta 19] está bem abaixo da cota de transbordamento e assim a gente está fazendo a devolução das famílias”, explicou ele.
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Quanto ao risco de o rio voltar a subir, o coordenador disse que há essa possibilidade, porém o monitoramento que está sendo feito pela Defesa Civil indica que o nível deve normalizar.
“Tem a precipitação de chuva, sim, tem por conta do período em que é típico do momento amazônico aqui. É típico do período que a gente está passando, mas estamos monitorando 24 horas por dia”, assegurou ele.
Defesa Civil já levou as 20 famílias que estavam em abrigo de volta para casas
Asscom/Defesa Civil
Situação em Tarauacá
O rio chegou a marcar 10,66 metros na manhã de segunda (17) e ficou a menos de um metro da maior cota histórica de 11,15 metros, atingida em fevereiro de 2021. No domingo (16), o prefeito da cidade, Rodrigo Damasceno (PP), decretou situação de emergência por conta da cheia.
O município aguardava o reconhecimento da situação de emergência pelo governo federal para auxiliar na disposição de recursos destinados ao atendimento à população afetada. Porém, com a diminuição, é possível que não aconteça.
“Por hora, nós estamos contando com recursos do próprio município para poder estar fazendo essas ações de emergência, tanto de atendimento médico, distribuição de sopas, atendimento ao abrigo, tudo com recurso próprio. Ainda não tivemos reconhecimento por parte do governo federal do nosso decreto”, acrescentou Damasceno.
As 20 famílias que estavam em abrigo em Tarauacá já foram pra casa
Asscom/Defesa Civil
Municípios em emergência
Mais de uma semana após decretar emergência por conta da cheia dos rios Acre, Juruá, Purus e Envira, o governo do estado alterou o decreto e acrescentou os rios Tarauacá, Abunã e Moa por conta do transbordo destes mananciais. A publicação foi feita no Diário Oficial do Estado (DOE) e assinada pela governadora em exercício Mailza Assis na última terça-feira (18).
O decreto autoriza medidas emergenciais e administrativas urgentes para a instalação de abrigos, fornecimento de insumos e mobilização de recursos para o enfrentamento da crise. Os rios que entraram na nova alteração do decreto são:
Rio Tarauacá, que passa pelas cidades de Tarauacá e Jordão
Rio Abunã, que passa próximo a populações às margens de Plácido de Castro
Rio Môa, afluente do Rio Juruá, que passa por Mâncio Lima
Os que já estavam no decreto anterior são:
Rio Acre, que passa por Assis Brasil, Brasiléia, Epitaciolândia, Xapuri, Rio Branco e Porto Acre
Rio Juruá, que passa por Cruzeiro do Sul, Marechal Thaumaturgo, Porto Walter e Rodrigues Alves
Rio Purus, que passa por Santa Rosa do Purus e Manoel Urbano
Rio Envira, que passa por Feijó
Acre decreta emergência por aumento do nível dos rios
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