Distrito Federal produz e aposta no cacau do Cerrado. Quem trabalha com chocolate artesanal diz que começou a se preparar para a Páscoa em dezembro. Chocolate em imagem de arquivo.
Adobe Stock
A época mais doce do ano está chegando, mas o preço do chocolate pode deixar um gosto amargo para o consumidor nesta Páscoa, comemorada em 20 de abril . 😋🍫 O cacau – matéria prima para a fabricação do chocolate – está mais caro.
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A alta é impulsionada por problemas climáticos nas lavouras do continente africano, que é responsável por 70% do fornecimento mundial da amêndoa. O Brasil contribui com cerca de 4% da produção mundial, mas não produz o suficiente nem para o mercado interno – o mercado brasileiro demanda 300 mil toneladas e colhe apenas 220 mil toneladas.
O Distrito Federal, embora em pequena quantidade, também produz, e aposta no cacau do Cerrado. Já os confeiteiros que trabalham com chocolate artesanal em Brasília, dizem que começaram a se preparar para a Páscoa em dezembro passado (saiba mais abaixo).
Como o mercado de chocolate está se adaptando 🍬
Páscoa mais cara: com aumento do preço do cacau, consumidores optam por fazer chocolate artesanal
Nos últimos 12 meses, o preço do chocolate em barra e dos bombons subiu quase 17%, aponta o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Variação do preço do chocolate nos últimos 12 meses
Diante desse cenário, muitos confeiteiros anteciparam as compras para conseguir manter a produção. Milena Fernandes, que trabalha com doces em casa há três anos, no Distrito Federal, conta que começou a pesquisar preços, monitorar fornecedores e se planejar em dezembro passado para garantir os chocolates de Páscoa.
“Este ano, além das cascas de chocolate nobre, que têm um preço mais elevado, também vamos trabalhar com cascas de chocolate fracionado e coberturas fracionadas”, diz a confeiteira.
Plantar cacau no Cerrado
Cacau produzido na Ponte Alta do Gama, no DF
Acervo pessoal
Há quatro anos, a produtora rural Marlene Nascimento aposta na plantação do cacau. Ela cultiva um hectare na Ponte Alta Norte, região do Gama, em Brasília, e diz que vem trabalhando para produzir no Cerrado.
“Seguimos acreditando em uma mudança, uma virada de chave, e continuamos produzindo, principalmente agora neste período”, conta a produtora.
Mesmo o fruto sendo comum em regiões mais úmidas e quentes, ele tem se adaptado muito bem ao Cerrado. O problema, são as mudanças climáticas que afetam o planeta inteiro. O El Niño afetou a safra nacional e colaborou com a elevação dos preços.
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