Contas públicas têm déficit de R$ 21,4 bilhões em agosto; dívida avança para 78,5% do PIB

As contas do setor público consolidado apresentaram um déficit primário de R$ 21,4 bilhões em agosto, informou o Banco Central nesta segunda-feira (30).
O déficit primário acontece quando as receitas com impostos ficam abaixo das despesas, desconsiderando os juros da dívida pública. Em caso contrário, há superávit. O resultado engloba o governo federal, os estados, municípios e as empresas estatais.
O resultado representa melhora frente ao mesmo mês do ano passado, quando o rombo somou R$ 22,8 bilhões.
De acordo com o BC, o déficit das contas públicas em agosto foi resultado do desempenho das contas somente do governo federal, pois os estados, municípios e também das empresas estatais apresentaram superávit.
Veja abaixo:
governo federal registrou déficit de R$ 22,3 bilhões em julho;
estados e municípios tiveram saldo superavitário de R$ 435 milhões;
empresas estatais apresentaram saldo positivo de R$ 469 milhões.
Parcial do ano e meta fiscal
No acumulado dos oito primeiros meses deste ano, ainda segundo dados oficiais, as contas públicas apresentaram um resultado negativo de R$ 86,2 bilhões, o equivalente a 1,14% do PIB.
Isso representa piora em relação ao mesmo período do ano passado, quando foi registrado um déficit primário de R$ 79 bilhões, ou 1,11% do PIB.
Para 2024, a meta fiscal, fixada pela Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), é de um déficit de até R$ 13,31 bilhões para as contas do setor público consolidado (governo, estados, municípios e empresas estatais).
A meta é zerar o déficit para as contas do governo federal. Porém, há um intervalo de tolerância de 0,25 ponto percentual previsto no arcabouço fiscal (a nova regra das contas públicas). Ou seja, pode haver variação de até R$ 28,75 bilhões, para cima ou para baixo, em relação ao objetivo.
Com isso, o setor público pode apresentar um resultado negativo de até R$ 42,07 bilhões sem que a meta seja formalmente descumprida.
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