Gatos persas e cães como shih tzu, buldogue francês e pug, conhecidos pelo formato achatado do rosto e focinhos curtos, podem desenvolver problemas respiratórios durante os dias mais secos. Pugs entre outras raças com formato do rosto achatado e focinhos curtos precisam de atenção redobrada na saúde durante tempo seco, diz veterinária
Arquivo pessoal/Sandra Almeida
Diante de temperaturas altas e recorde de umidade baixa por todo o estado, ter que lidar com o tempo seco e a saúde tem sido um desafio para os humanos. Mas já imaginou como essas condições podem afetar os pets?
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Para responder a essa pergunta, o g1 conversou com uma especialista sobre a saúde dos pets, que apontou que raças da “cara achatada” e do focinho pequeno, têm mais problemas de saúde nestas condições.
A nova onda de calor elevou as temperaturas no interior de SP, além de fazer com que a Defesa Civil emitisse alerta para risco de incêndios e índices baixíssimos de umidade do ar. Além disso, as queimadas aumentaram a presença de fumaça na atmosfera, o que pode prejudicar a saúde da população e a dos animais.
Moradora registra ‘antes e depois’ de paisagem em Sorocaba (SP) após queimadas que atingem o estado de São Paulo
Fernanda Pezzota/Arquivo Pessoal
De acordo com a veterinária Isis Eduarda Braga Vieira, o tempo seco pode prejudicar a saúde dos cães e a dos gatos, uma vez que pode ocorrer desidratação, irritação em mucosas sensíveis, como do olho, e ainda acarretar problemas de pele.
Entre os animais que precisam de cuidado redobrado nesta época climática, estão os filhotes, de qualquer raça, e os pets de raças braquicefálicas como os gatos persas e cães como shih tzu, buldogue francês e pug, que possuem a “cara achatada” e focinhos pequenos em relação ao tamanho do crânio.
“Filhotes ainda não possuem o controle regulatório do organismo totalmente desenvolvido, tendo que receber atenção redobrada em épocas secas do ano, assim como as raças braquicefálicas, que em sua maioria, possuem dificuldade respiratória”, explica.
Veterinária de Itapetininga (SP), Isis Eduarda Braga Vieira, atende em Sorocaba (SP)
Arquivo pessoal/Isis Vieira
A especialista também acrescenta que a seca pode causar problemas alérgicos nos pets, tanto alergias respiratórias, como dermatológicas, além disso, conjuntivites e infecções secundárias por coceiras alérgicas são comuns nessa época de baixa umidade.
Estes problemas podem ser evitados com cuidados simples no dia-a-dia, destaca a veterinária. Se os tutores estiverem atentos aos sintomas e ajudarem o pet a passar pelo período de seca, estarão evitando que ocorram problemas mais graves, como o desenvolvimento de doenças crônicas.
Gatos persa e cães como pug e shih tzu podem desenvolver problemas respiratórios devido a baixa umidade
Pixabay/Reprodução/Instagram/Reprodução
🐶Raças braquicefálicas
Devido a baixa umidade, tutoras de pets de raças braquicefálicas buscam aliviar a sensação quente com banhos de piscina, picolés de frutas, umidificadores e até molhando as patinhas.
A shihtzu batizada de Maya, da estudante de medicina Mariana Pires Rodrigues, de Itapetininga, adora brincar e interagir com os tutores, mas segundo Mariana, o calor e o tempo seco fazem com que ela interrompa essas brincadeiras e se hidrate com maior frequência.
“O que eu percebo, é que neste tempo seco, muitas vezes ela fica cansada, quando ela tá brincando com a gente por exemplo, ela fica ofegante muito mais rápido e bebe bastante água também”, relata a estudante.
A shih tzu Maya mora em Itapetininga (SP) e, a tutora dela relata que ela está se cansando e se hidratando com maior frequência nos dias de baixa umidade
Arquivo pessoal/Mariana Pires
O filhote de pug batizado de Burg, da biomédica Júlia Mendes Lacerda Meira Telles, também moradora de Itapetininga, está bem agitado e ofegante nestes últimos dias, mesmo estando dentro de casa.
“Pra aliviar, eu ligo o ventilador e molho as patinhas dele, outra coisa que reparei é que ele fica inquieto, tentando achar um lugar fresco pra deitar”, conta a biomédica.
O pug Burg, de Itapetininga (SP), fica inquieto e procurando locais frescos para deitar, diz tutora
Arquivo pessoal/Júlia Meira Telles
O pug Costela, da comerciante Sandra Almeida, também de Itapetininga, se sente muito exausto e desconfortável com as altas temperaturas e, ao g1, a tutora dele contou que evita deixar que ele se canse demais neste dias quentes e prioriza que ele tome alguns banhos de piscina e até picolés de frutas.
“Ele tem um tapetinho pra deitar que é gelado, até coloco no freezer por alguns minutos. Deixamos ele entrar na piscina, coloco uma camiseta úmida nele e é visível o alívio que sente. Também faço picolé de frutas e ele adora”, comenta Sandra.
Pug Costela fica desconfortável com altas temperaturas, explica tutora de Itapetininga (SP)
Arquivo pessoal/Sandra Almeida
🥵 Mais dicas para aliviar ‘calorão’
A veterinária também salienta que o bem estar do animal precisa ser tratado como um conjunto de atitudes. (Veja as dicas da veterinária abaixo)
Constante troca de água;
Preferência por bebedouros que conservem a temperatura da água, que deve ser posicionada em lugares frescos e sombreados;
Ter um lugar para que o pet possa se proteger do sol;
Utilização de umidificador em ambientes.
Estes fatores, segundo Isis, podem contribuir para a melhora da qualidade do ar e dos banhos dos nossos amiguinhos de quatro patas, uma vez que se sentirão frescos e terão qualidade respiratória.
Atitudes simples do dia-a-dia podem promover qualidade de vida para pets braquicefálicos, diz veterinária
Arquivo pessoal/Júlia Meira Telles
* Colaborou sob a supervisão de Carla Monteiro
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